Apreensões de armas de fogo caem 10% no primeiro quadrimestre

Agência Estadual

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública aponta que foram apreendidas 2.134 armas no primeiro quadrimestre deste ano, 241 a menos que no mesmo período de 2020, quando foram 2.375, queda de 10,1%.

A análise criminal compreende os resultados das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) que abrangem todas as regionais do Paraná. O estudo detalha ainda que as armas de fogo apreendidas pelas equipes policiais são dos mais variados tipos e calibres, ou seja, revólveres, espingardas, pistolas, garruchas, carabinas, rifles, garruchões, pistoletes, escopetas e mosquetões, até armas de uso restrito das Forças Armadas e que possuem poder de fogo maior, como fuzis e metralhadoras.

O secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, explicou que o cenário de pandemia motivou as polícias a adaptarem o trabalho operacional para que o combate à criminalidade não fosse afetado. Ele também destacou que a redução no número geral de armas de fogo em circulação possui relação com a diminuição no registro de homicídios e outros crimes no Paraná.

TIPOS 

Os tipos que tiveram as maiores reduções no índices de apreensões no comparativo entre o primeiro quadrimestre deste ano e anterior foram os pistoletes (-41,18%), sendo 17 em 2020 e 10 em 2021, além dos garruchões e escopetas, com queda de -28,57% cada, uma diferença de 21 para 15 e de 14 para 10, respectivamente.

De acordo com o levantamento, o tipo de arma de fogo mais comum apreendido no Paraná foi o revólver. Nos primeiros quatro meses de 2020 foram 935 unidades, contra 865 neste ano, queda de 7,49%. “O revólver, em muitos casos, é adquirido até de forma legal, mas acaba caindo na posse de um criminoso”, exemplificou o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Juntamente com o revólver, a espingarda e a pistola estiveram no topo da lista de armas apreendidas no Estado. Nos primeiros quatro meses deste ano, 493 espingardas e 486 pistolas foram retiradas de circulação, sendo que no mesmo período do ano anterior foram 677 espingardas e 472 pistolas.

Os dados comparativos apontam aumento nas apreensões de armas longas, como fuzis (de 12 para 14), carabinas (de 88 para 93) e metralhadoras (de 5 para 10).

O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, explicou que a apreensão de armas de maior poder de fogo reflete a resposta eficiente das polícias no combate ao crime organizado. “Junto aos fuzis, as metralhadoras são as armas mais utilizadas pelos criminosos, o que reflete, na verdade, em um efetivo aumento na qualidade das apreensões das polícias Civil e Militar do Paraná”, contou o delegado.

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