Sindicância da Prefeitura arquiva processo contra servidora acusada de abuso em creche

A comissão formada para investigar a conduta de uma servidora pública municipal que exercia função em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), em Cianorte, acusada de abusar sexualmente de alunos da creche optou pelo arquivamento da sindicância interna por falta de provas. 

A comissão designada para investigar as acusações avaliou a conduta da acusada e chegou à conclusão que não há provas que confirmem os abusos. Apesar da sindicância interna ser favorável à servidora, ela ainda responde criminalmente pelas acusações.

No dia 3 de setembro o prefeito Claudemir Bongiorno assinou despacho que arquivou o processo em face à falta de provas. Há os depoimentos das crianças, mas não provas físicas e materiais. Por conta disso, a comissão do processo administrativo julgou pelo arquivamento da sindicância.

São 23 horas com depoimento de testemunhas, a maioria servidores que tinham contato com a acusada.  A mulher foi então reintegrada ao quadro de servidores da Prefeitura de Cianorte por decisão unânime.

A servidores chegou a ser presa por força de um mandado judicial, mas o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu a liberdade à servidora, por meio de um habeas corpus, mas ela ainda reponde processo criminal que segue pendente de julgamento.

Segundo os advogados da acusada, a servidora tem plena confiança na sua inocência e nega os fatos. Profissionais que trabalhavam com ela e que deram depoimento também disseram que o fato não teria ocorrido.

O caso

A professora de 46 anos, M. C. da S., moradora de São Tomé, foi presa acusada de cometer o crime de estupro de vulnerável em um CMEI de Cianorte, onde cuidava de uma turma do maternal. Ela foi detida pela equipe da Polícia Civil, que deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva no dia 16 de julho. A educadora foi acusada de cometer atos libidinosos contra os alunos e os incentivar a praticá-los, os fatos teriam iniciado em 2018.

As primeiras informações repassadas pela Polícia Civil, foi de que no decorrer de 2018, nas dependências do CMEI, enquanto trabalhava como educadora infantil, a mulher teria abusado de dois meninos, entre três e quatro anos de idade.

De acordo com os pais das crianças, os meninos tiveram  mudanças comportamentais o que teria causado suspeita. Após abordagens psicológicas com as crianças e analisados outros materiais, a Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva.

A investigação por parte da Polícia Civil contou com depoimentos de testemunhas não oculares – pois os abusos aconteciam clandestinamente, sem a presença de outros adultos.

Foi apenas no início de 2020 que um dos meninos revelou aos pais sobre o que aconteceu no CMEI. “A partir da revelação da criança, eles o levaram em um psicólogo e mantiveram contato com a Polícia Civil para registrar a ocorrência”, explicou o delegado Carlos Stecca. A investigação teve início em março.

 

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