População não vacinada registra  aumento no número de óbitos no PR

Assessoria

O aumento percentual de mais de 70% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 30 a 39 anos e, um pouco menor, na faixa dos 50 aos 59 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná no mês de abril, o segundo pior desde o início da pandemia no Estado, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pela Covid-19.

Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades, a população mais jovem viu crescer os números percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, o mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Estado, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

No Estado, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento de 75% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021.

A faixa etária que vai dos 50 aos 59 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 59% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 40 e 49 anos, com óbitos aumentando 46% em relação à média desde o começo da pandemia.

Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a população entre 60 e 69 anos registrou aumento de mortes de 10% em relação à média desta idade no período, enquanto os números absolutos de falecimentos desta faixa etária caíram de 1.489 em março para 1.033 em abril. Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 8% na faixa entre 70 e 79 anos, 46% entre 80 e 89 anos, e 71% na população entre 90 e 99 anos. 

Ranking Estadual

No Estado do Paraná, a faixa etária entre 30 a 39 anos esteve acima da média nacional, registrando aumento percentual de 75% no número de óbitos, enquanto o país apontou aumento de 56%. O mesmo ocorreu com a população na faixa etária entre 50 e 59 anos, com aumento percentual de 59%, enquanto os números do país estiveram em 54%. Já nas faixas etárias de 40 a 49 anos e de 60 a 69 anos, o Paraná teve crescimento abaixo da média nacional, registrando crescimentos de 46% e 10%, enquanto no País estes números foram de 57% e 22% respectivamente.

Todos os Estados brasileiros registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.

Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Os aumentos foram maiores nos Estados do Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), Mato Grosso (92%) e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).

Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Distrito Federal registrou aumento de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.

 

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