Mesmo com a estiagem, safra de soja 2020/21 será rentável para o produtor

Da Redação

A safra 2020/2021 de soja passou por momentos conturbados no ano passado. A estiagem deixou produtores preocupados e atrasou a plantação. Porém, no final de novembro e dezembro, o tempo seco deu uma trégua e as chuvas colaboraram com a situação da agricultura, ajudando as plantações e colaborando com o desenvolvimento da cultura.

“Na fase inicial da soja tinha havido a estiagem, e isso atrasou o plantio, mas no final das contas chegou um certo momento que a precipitação se normalizou e dessa forma está muito favorável ao desenvolvimento”, explica o chefe do Escritório Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Francisco Cascardo. “Tem a germinação, que precisa da chuva para germinar; depois tem o desenvolvimento vegetativo, onde ela cresce; chega a floração e depois a frutificação seguida da maturação. A cada fase da soja, ela precisa de mais ou menos água. Então nessa fase de desenvolvimento vegetativo ela precisa de muita para ter corpo e uma boa frutificação”, esclareceu.

De acordo com Cascardo, o período inicial foi mais crítico aos produtores, alguns até tiveram que replantar a cultura. “Mas depois que passou essa fase de desenvolvimento inicial, na fase do crescimento vegetativo a chuva rendeu”, afirmou. “O que a cultura quer é calor e umidade. E o que nos temos no momento, é calor e umidade”, acrescentou.

Segundo o chefe da Seab, o atual levantamento feito pelo setor é que 97% das lavouras terão uma situação normal de produção, e de 2 a 3% terão uma colheita ruim. “Essa pequena porcentagem ainda é um valor normal, pois a soja tem uma faixa de plantio muito grande, são muitas variedades e ciclos. Ela já começa a ser plantada em setembro e vai até dezembro, então depende de quem planta mais cedo ou mais tarde”, disse.

Conforme Cascardo, a safra tem uma estimativa normal e a previsão de produtividade média de 3,6 mil quilos por hectare. A cultura na região ocupa uma área de 10 mil hectares.

“Isso é uma produtividade muito boa, não é espetacular como tivemos em outros anos, mas é satisfatória, que remunera bem o produtor. Porém, já tivemos produções que chegaram a 4, 8 mil quilos por hectare, mas ainda é muito boa”, reforçou Cascardo.

A expectativa é que a colheita comece na primeira semana de fevereiro.

O interessante é que a cultura sofreu um percalço no inicio mas se recuperou, e temos uma expectativa de uma boa safra.

Plantio tardio do milho safrinha pode gerar risco à cultura

Depois da colheita da soja é iniciado o plantio do milho safrinha, uma cultura de inverno plantada no verão, por isso quanto antes for plantada menor riscos de geadas e seca. Porém devido ao atraso do plantio e colheita da soja, a plantação ficou para fevereiro. “Atrasou o plantio, podemos ter um impacto na produtividade ou não do milho. O que podemos afirmar é que quando mais tarde se planta, mais risco corre”, explicou o chefe do escritório da Seab, Francisco Cascardo.

“A área do milho safrinha na região é seis mil hectares, e pelo levantamento que fizemos junto às cooperativas e empresas de venda de insumos e sementes, é que a área não será perdida, será á mesma dos anos anteriores”, disse Cascardo.

Embora o plantio ocorra mais tarde, a produção não sofrerá alteração. Segundo o chefe do escritório da Seab, no Paraná, a concentração do plantio do milho safrinha vai de 10 de fevereiro a 20 de março, com um plantio maior na segunda quinzena de fevereiro (cerca de 80%). “O milho é uma cultura que tem uma influência muito grande da luminosidade, quanto mais longo o período de duração do dia melhor pra cultura”, finalizou.

 

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