Escolas particulares estão prontas para o retorno das aulas desde o ano passado, diz Sinepe

Da Redação

As escolas particulares darão início às aulas presenciais a partir da primeira semana de fevereiro. Durante os últimos meses, as unidades educacionais prepararam suas estruturas e equipes profissionais para retomarem as aulas.
De acordo com o vice presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe NOPR) e reitor da Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV), José Carlos Barbieri, os diretores das instituições parceiras do Sinepe discutiram a retomada e todas as unidades estão prontas para retomaram o ensino.

“Escolas estão preparadas desde a metade do ano passado, seguindo os protocolos de saúde internacionais. Falamos sobre distanciamento, utilização de câmeras, aferição de temperaturas”, disse o vice-presidente.

Barbieri esclareceu que as salas de aula seguirão o distanciamento de cerca de dois metros. “No decreto do Governo do Estado, o distanciamento é de 2 metros, este segue a resolução 632 da Sesa (Secretaria de Saúde do Estado) de 2020. Porém, temos outros documentos científicos que dizem que basta um metro de distanciamento, que é uma excelente proteção das pessoas, desde que todas estejam de máscara”, disse.

O vice-prefeito ainda explicou que o calendário escolar é aprovado pelo Núcleo Regional de Educação (NRE). “Temos que seguir 200 dias letivos e 800 horas. Nós mandamos um calendário, para o NRE, que representa a Seed (Secretaria de Educação do Estado), e o núcleo acaba aprovando o calendário. Então na grande maioria no estado, as aulas começam a partir do dia 1 de fevereiro”, esclareceu.

Investimento

Segundo Barbieri, as escolas de educação básica – que vão da educação infantil ao ensino médio – e as do ensino superior investiram,principalmente no desenvolvimento dos profissionais e infraestrutura. “Primeiramente, focamos no desenvolvimento dos seus professores e colaboradores. No segundo momento na infraestrutura, ou seja, em internet, computadores, em microfones, câmeras, para que os professores pudessem ministrar as aulas remotamente para os alunos que estavam distantes” afirmou.

Acolhida aos alunos

Conforme destacou o vice-presidente do sindicato, a preocupação dos gestores educacionais, professores, educadores, técnicos administrativos é grande com o acolhimento soa alunos. “Tanto que nessa primeira semana de retorno das aulas presenciais, faremos uma avaliação diagnóstica para podemos mensurar o que nossos alunos assimilarem e aprenderam nesses meses de aulas online”, disse.

Além disso, será feita a aferição de temperatura dos alunos, haverá tapete para desinfecção, limpeza de corrimãos e carteiras, atenção com o distanciamento e com o uso obrigatório das máscaras. “Inclusive pedimos aos pais que orientem os filhos a trazerem máscaras reservas, recipiente para tomar agua e álcool em gel que deve ser usado constantemente”, acrescentou o vice-presidente.

Expectativa no retorno

A dona de casa, Aline Bueno, é mãe de uma menina de seis anos que entrará no primeiro ano do ensino fundamental. De acordo com a mãe, o colégio em que a filha estuda deu todas as orientações e ainda pediu para que os pais assinassem um termo. “O colégio mandou um ofício pedindo para que os pais liberarem os alunos e passaram informações sobre o retorno por mensagens”, disse. “Eles falaram sobre o uso das máscaras e para que cada um leve os itens pessoais”, acrescentou.

De acordo com Aline, a expectativa no retorno das aulas é alta. “Esperamos que esse ano seja melhor do que o ano passado, que as aulas voltem de forma normal, para que os alunos possam voltar a frequentar a sala de aula. Minha filha está muito empolada com o retorno”, afirmou.

Aline ainda contou que antes da paralisação das aulas, no início da pandemia, o colégio onde a filha estuda já tinha dado início a alguns cuidados. “Minha filha almoçava na própria carteira e as professoras sempre higienizavam as mesas. Na aula de educação física, eles eram autorizados a tirar as máscaras, mas cuidavam com distanciamento entre as crianças e a cada troca de objetivos eles passavam álcool’, contou a mãe.

Colégios tomaram todas as medidas de segurança para retorno das aulas
Foto: Renata Martins

Colégio segue protocolos e organiza estrutura para receber os alunos

Depois de meses com aulas virtuais, os colégios particulares retornarão suas atividades escolares na próxima semana. Distanciamento entre carteiras, álcool em gel em todas as salas, aferição de temperatura, tapetes desinfetantes, aulas híbridas, tudo foi pensado para garantir a saúde dos estudantes e corpo docente para a retomada das aulas.

Conforme contou a diretora do Centro Educacional Cianorte (CEC), Vania Novo Finattti, a estrutura esta pronta para receber os alunos desde novembro, quando o governo autorizou as aulas extracurriculares. “Nós voltamos 40 dias presenciais e muitos alunos, cerca de 380, vieram para a escola. Neste momento, já tínhamos que seguir um protocolo que segue até hoje. Os cuidados a serem seguidos são os mesmos, distanciamento, toda a parte da entrada do aluno, aferição de temperatura, questão da higienização, tudo isso já temos montado”, afirmou.

Além disso, os dias de aulas extracurriculares mostram aos educadores como os alunos estão conscientes com relação à doença. “Eles não desrespeitavam as normas, todos de máscara, todos lavavam as mãos, usavam o álcool em gel disponível nos corredores”, afirmou a diretora.

Para receber os alunos a escola dividiu a entrada dos alunos, antes todos entraram por uma entrada única, agora foram divididas três entradas para reduzir o tumulto de alunos. “Querendo ou não, agora eles têm que entrar e aferir a temperatura, passar o álcool em gel. A medida foi para manter o distanciamento necessário exigido”, esclareceu.

Além disso, as portarias contam com maior números de profissionais, haverá funcionários de serviços gerais o tempo todo nos banheiros, limpando os corrimãos das escadas e os bebedouros – que agora serão usados apenas para encher as garradas de água.

Tanto as aulas extracurriculares, quanto a retomada das aulas presenciais passaram pelo crivo dos pais dos alunos. Nos dois momentos, eles tiveram que assinar uma autorização e estarem cientes dos cuidados que os estudantes devem tomar.

Ensino híbrido

Como as aulas acontecerão de forma híbrida, parte dos alunos assiste de casa e a outra metade assiste na sala de aula, foi necessário investir na internet. “Tivemos que aumentar em mais de 50% a conexão, porque a partir do momento que retornarem às aulas, continuaremos ao vivo para quem optar ficar em casa, por isso o ensino híbrido”, esclareceu Vania. Como disse a diretora, as famílias tem o direito de escolher se a criança vai estudar de casa ou estudar presencialmente.

O número dos alunos em cada sala de aula vai depender da metragem de cada ambiente. “Se tenho uma sala com 30 alunos, vão uns 12 no máximo 15 alunos. As salas com maior número de alunos, realmente vamos precisar alternar. Mas ainda têm turmas que vai continuar com o ensino totalmente presencial, como as turmas dos menores, que tem no máximo 12 alunos, aí a sala comporta”, explicou a diretora.

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