Com novo reajuste, gasolina já é vendida a R$ 6,19 em Cianorte

Da Redação

Após nove aumentos consecutivos em um período de nove meses, o preço da gasolina chegou ontem aos R$ 6,19 nas bombas dos postos de combustíveis de Cianorte. O último reajuste foi divulgado há dez dias, com uma ordem de 3,3%, de reajuste. O que resultou em R$ 0,20 a mais para o consumidor final, que pagava entre R$ 5,89 a R$ 5,99 no litro de gasolina. No acumulado do ano, o reajuste atingiu os 51 %.

O etanol segue o mesmo viés de alta. Do início do ano para cá, o combustível já subiu mais de 45% nas usinas, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Aumento que não é de responsabilidade da Petrobras, e sim das usinas de cana-de-açúcar privadas, onde o etanol é produzido. Este preço tem variação diária, e quando os valores sobem, as distribuidoras repassam aos postos com agilidade, assim como fazem com a gasolina.

Seguido dos dois combustíveis, o diesel atinge o aumento de cerca de 40%  no acumulado. Nos postos de combustíveis de Cianorte o produto era encontrado por R$ 3,69 o litro, em janeiro deste ano, e agora é vendido até R$ 4,67.

IMPACTOS

Os aumentos dos preços dos combustíveis tem grande impacto sobre toda a economia. Além dos motoristas, todos os segmentos são afetados, de forma direta ou indireta. Isto ocorre porque a grande parte do transporte de cargas, bens e serviços no país é realizada por meio de transporte rodoviário. Os postos também sofrem com a alta dos preços, pois isto inibe as vendas. Tanto consumidores como revendedores são prejudicados.

Os preços elevados em todo o país são consequência de dois fatores principais: aumentos realizados pela Petrobras em suas refinarias e as seguidas elevações do preço do etanol nas usinas de cana-de-açúcar.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa do Paranapetro, entidade que representa os postos do Paraná, especialistas explicam medidas possíveis para redução dos valores, e expectativas de mais reajustes.

“Sem estabilidade nos preços, a previsão de novos reajustes depende principalmente da Petrobras, das usinas, e de questões tributárias. O que mais pesa nos valores dos combustíveis é a parcela da Petrobras e os impostos. Pegando como referência o preço da gasolina, por exemplo, a composição do preço que se paga pelo litro é de 35,68% para a Petrobras, 26,90% corresponde ao ICMS, um imposto estadual, 16,99% corresponde ao etanol anidro.13,56% fica com impostos federais (Cide, Pis e Cofins), e 6,86% é a margem de lucro de distribuidoras e postos de gasolina. Ou seja, medidas mais efetivas seriam a redução de impostos, ou a redução do lucro da Petrobras.