Movimento de fim de ano na rodoviária é até 60% menor do que nos anos anteriores

Da Redação

Ao contrário do número de casos de Covid-19, que aumentou em todo o Estado, a quantidade de viajantes de ônibus caiu. O medo e o receio da contaminação ou de colocar um parente em perigo fez com que muitos desistissem de comprar uma passagem ou até cancelasse o passeio.

De acordo com o gerente da agência da Viação Real do Terminal Rodoviário de Cianorte, Alexandre Mariano Ferreira, o movimento neste fim de ano caiu de 50 a 60%. Para ele, a esse ponto do ano, mesmo com a pandemia, o movimento já teria mais estabilidade. “Eu achei que estaria melhor, mas o movimento está abaixo do esperado. Muita gente comprou, mas desistiu de viajar pelo aumento dos casos que tivemos agora”, disse.

Como contou o gerente, muitos desistiram de viajar, pois o seu familiar dizia que a situação na cidade de destino estava perigosa, o que fez com que algumas viagens fossem canceladas.

Conforme Ferreira, no mesmo período ano passado houve 10 dias com carros extras, mas neste apenas dois. “Geralmente, o carro extra começa no dia 15 e vai até o dia 20 de madrugada, e durante a tarde, colocamos mais dependendo do movimento. Mas esse ano vai dar uns quatro dias de carro extra no máximo”, explicou.

Para o encarregado da viação Expresso Maringá, João Antônio de Souza, o movimento está de acordo com o esperado durante o período. “Devido à pandemia, esta dentro do que esperávamos, mas com relação aos anos anteriores o movimento está 50% abaixo do normal”, contou.

A queda de movimento fez com que os corriqueiros ônibus extras não precisassem ser escalados, pois a demanda está menor do que nos anos anteriores. “Esse horário (por volta das 10 horas) ficaria cheio se fosse um ano normal. O balcão estaria cheio e seria difícil falar comigo. Na nossa plataforma nesse horário, sempre passa quarto ou cinco ônibus, hoje passou apenas um”, acrescentou Souza.

Linhas de ônibus que ficaram fechadas durante o ano, estão abertas. “Agora temos horários que estavam parados pela pandemia. Alguns retomaram, mas ônibus extra ainda não. A lotação está praticamente normal, mas não haverá necessidade de mais ônibus”, esclareceu o encarregado.

Apesar da queda expressiva do movimento na rodoviária, o Souza ainda acredita que o pessoal tem viajado bastante. “As pessoas estão com menos medo agora, tem gente que pega umas duas ou três passagens para outra cidade. Ao invés deles ficarem com medo, é a gente fica. Vamos ver as consequências no mês que vem. Deus ajude que não, se povo se comportar, usar máscara e se proteger”, finalizou.

Cuidados no ônibus

A aposentada de 52 anos, Iracema da Silva Souza, sempre viaja de Tapejara a Cianorte a trabalho. Segundo ela, é preciso tomar todos os cuidados em todas as viagens. “Faço o trecho toda semana e tomo todos os cuidados. Eu não fico parada, mas eu não tiro a máscara, não me alimento perto de ninguém, tomo água longe das pessoas. Eu sou do grupo de risco, tenho diabete e sou hipertensa, mas eu fosse parar em casa entraria em depressão”, disse Iracema.

“Vou trabalhar, visito familiares, mas tenho todos os cuidados, ando com álcool. Então me cuido muito bem”, afirmou a aposentada.

Iracema ainda contou que fica de máscara perto de seu filho, um jovem de 19 anos. “Fico de máscara quando estou com ele, peço pra manter mais distância. Ele achava estranho, mas hoje respeita. Os vizinhos estranham, mas preciso me cuidar. Ele sai mais e preciso me prevenir”, concluiu.

Medidas de proteção contra a Covid-19 nos ônibus

– Não coloque as mãos no rosto durante o trajeto (mantenha-as especialmente longe dos olhos, boca e nariz);

– Ande com álcool em gel e aplique nas mãos durante a viagem se o trajeto for longo;

– Assim que chegar ao destino, lave as mãos antes de fazer qualquer outra coisa – inclusive antes de tirar a máscara;

– E limpe com álcool em gel os objetos pessoais que tocar durante o trajeto (como chaves e o celular);

– Se tossir ou espirrar, cubra o rosto com o antebraço;

– Ao chegar em casa, coloque as roupas imediatamente para lavar.

Fonte: BBC News

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