Depois de 16 dias, comércio reabre e movimenta a cidade

Após 16 dias de quarentena e isolamento social o comércio de Cianorte foi reaberto, nesta quarta-feira, 8, a partir de decreto emitido pelo prefeito Claudemir Bongiorno com devidos procedimentos necessários. O primeiro dia de abertura provocou muito movimento não só no centro, mas quem quase toda a cidade.

Para que a abertura fosse realizada, todos os comerciantes precisaram acatar as recomendações dos órgãos da saúde e procedimentos comunicados pela Prefeitura de Cianorte.

Dentre as medidas a serem cumpridas estão a limitação da entrada de pessoas em 50% ou restrição do número de clientes a cada funcionário, controle de acesso dos clientes, distanciamento de pelo menos um metro por pessoa, disponibilização de álcool e higienização das mãos aos funcionários e clientes, limpeza do ambiente e objetos utilizados todos os dias, entre outras medidas.

Para a proprietária da loja Mundo Lilis, Andressa Cristian de Souza, a abertura do comércio poderia ser adiada por alguns dias. “Eu acho que para o setor de roupa, poderia ter esperado mais um pouco, deixado para a próxima segunda-feira, 13. Mas também entendo a necessidade da abertura do mercado”, afirmou.

“Acho que o nível da nossa cidade está mais tranquilo, deu uma acalmada em comparação a outras cidades, mas não sei dizer se foi o momento certo. Acredito que ainda vão aparecer mais pessoas”, alertou a proprietária da loja.

Andressa ainda disse que ficou assustada com a movimentação nas ruas e o comportamento de algumas pessoas. “Eu estou assustada com a quantidade de pessoas nas ruas. Parece que estão de férias, famílias nas ruas com bebês, gravidas, filas em bancos. Também notei que o pessoal não tem muito cuidado, não passa álcool em gel, e ficam muito próximas”, reforçou a proprietária do estabelecimento.

Para voltar a receber os clientes, Andressa contou que fez a limpeza da loja com desinfetante, sabão e álcool. “Além disso, a cada pessoa que entra se mexe em alguma coisa ou recebo algum dinheiro, já uso álcool em gel”, disse.

Segundo Andressa, a loja estava fechada desde o dia 20 de março e teve prejuízos. “As vendas caíram mais de 50%”. A proprietária ainda ressaltou que, normalmente, durante o início de cada mês, as vendas costumam aumentar. “Era pra vender muito bem, ainda mais neste mês que é o aniversário da loja. Íamos fazer uma comemoração, mas tivemos que cancelar”, lamentou.

Conforme Andressa contou, a loja não recebeu muitos compradores no primeiro dia de reabertura, mas sim recebimentos. O mesmo que aconteceu na loja de calçados Serallê.

De acordo com o gerente da Serallê, Fernando da Silva de Oliveira, apesar do baixo movimento de clientes, muitas pessoas vieram a loja devido aos pagamentos.  “A gente nota que o pessoal não quer deixar acumular as contas para depois”, esclareceu o gerente.

Oliveira ainda disse que para não deixar de vender durante o período de quarentena, a loja fez uma adequação para continuar trabalhando por meio das vendas online. Além de se prepararem para a reabertura da loja. “Nós criamos uma cartela de clientes online e preparamos abertura da loja na terça-feira (7). Acatamos as recomendações do Ministério da Saúde e o espaçamento entre os clientes”, afirmou.

Além disso, a loja deu férias para parte da equipe e cada funcionário atende um cliente de cada vez. “Agora vamos esperar o pessoal sair de casa devagarzinho”, concluiu.

A consumidora e técnica de enfermagem, Miriam de Almeida, informou que foi ao centro por necessidade e que notou que as lojas estão seguindo as recomendações. “Em todas as lojas que entrei foi por necessidade, para pagar alguma conta ou resolver alguma situação. Todas elas com limite de pessoas, de distancia e com álcool disponível. Tudo ok”, afirmou a técnica de enfermagem.

“Acredito que temos que tomar todos os cuidados, confiar nas pessoas ao nosso redor e também nos comerciantes que vão nos receber”, concluiu Miriam.

 

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