Victor Davanço: “Acredito ser possível uma mudança nos rumos da cidade”

Victor Hugo Davanço acredita ser possível mudar os rumos da cidade e para isso defende uma ampliação do modelo econômico de Cianorte. O pedagogo de 35 anos acredita que é possível mudar a cidade com ideias diferentes e um projeto de governo que ele classifica como “não pessoal”. “Queremos mudar esse rumo sempre contínuo que Cianorte segue. Acredito ser possível mudar os rumos da cidade de forma que tenha espaço para população da cidade. Que dê e ofereça vez e voz para a comunidade sugerir e opinar”, defende.

Para o candidato a prefeito, as demandas precisam ser da cidade e não de um grupo político. Davanço justifica que ouvir a população é a melhor forma de encontrar a solução para os problemas crônicos da Capital do Vestuário.

Por isso, o jovem político quer aproveitar o poder das redes sociais para entender essas necessidades. Ele se baseia no seu mandato de vereador (foi eleito em 2016 com mais de dois mil votos) quando abriu espaço para a população opinar através das mídias sociais e sugerir melhorias na cidade. Parte do seus requerimentos, pedidos, sugestões e indicações feita no plenário da câmara foi baseada em sugestões que chegaram até seu gabinete através das suas contas sociais.

Mas não é só isso, seu plano de governo contempla uma ampla reestruturação dos bairros da cidade, mais investimentos em saúde e educação, assim como aposta no esporte e na cultura para enfrentar problemas como segurança pública e prevenção à saúde.

Victor Davanço é o terceiro candidato a prefeito de Cianorte da série de entrevistas que a TRIBUNA DE CIANORTE oferece a seus eleitores. Na conversa coma redação, o candidato detalha um pouco mais sobre seu plano de governo e apresenta como ele quer construir uma cidade diferente.

TRIBUNA DE CIANORTE – Porque ser prefeito de Cianorte?

Victor Davanço: Por um projeto “não pessoal”. Por um projeto que a gente acredita ser possível mudar os rumos da cidade. A gente acredita que é necessária essa mudança até pelo que a gente vê da cidade que tradicionalmente segue sempre um rumo e apenas um ou outro modelo econômico. Porque a gente pode fazer diferente e pensa a cidade completamente diferente, assim como quando eu implantei um projeto diferente na câmara com a participação da população.

TRIBUNA DE CIANORTE –  E como você abre espaço? Como você vai fazer para ter essa participação da população das pessoas no seu governo?

Victor Davanço: Na câmara eu abri espaço para a participação das pessoas pelas redes sociais. Todos podiam mandar uma sugestão, uma indicação. Inclusive nos meus requerimentos e indicações sempre colocava que essa era uma sugestão de um morador, com a sua devida identificação. Isso é abrir espaço para a participação da população. Porque as demandas não podem ser minhas, elas devem ser da cidade. E as cidades são as pessoas. Então as demandas precisam vir das pessoas para fazermos as melhorias. De nada adianta a gente espalhar parques infantis em um determinado bairro quando na realidade esse bairro tem uma população de idosos muito maior do que a de crianças. Então nós temos que conhecer a realidade dos bairros para poder dar a destinação correta dos aparelhos públicos.

TRIBUNA DE CIANORTE – E há como fazer isso?

Victor Davanço: Há, sim, claro. Inclusive a Constituição Federal prevê isso, como, por exemplo, o orçamento participativo, que não é executado em todo país, mas deveria. O chamamento da população para poder opinar naquilo que será executado na cidade.

TRIBUNA DE CIANORTE – Você acha que é preciso priorizar obras de infraestrutura nos bairros mais afastados ou periféricos?

Victor Davanço: Nos bairros novos da cidade a gente encontra muitos problemas de declividade, por exemplo. Eu sou muito bairrista, e sei que é preciso ter uma atenção voltada para os bairros. Mas no centro também há problemas graves que precisam ser reparados e revistos. Eu prefiro ver a cidade como um todo.

TRIBUNA DE CIANORTE – Mas não dá para negar que os bairros mais distantes recebem menos atenção que a região Central da cidade.

Victor Davanço: Com certeza. O centro é sempre melhor cuidado. Mas quando a gente fala em obras de infraestrutura a gente sempre pensa em obras grandes. E na verdade, muitas vezes os grandes problemas a gente resolve com pequenas obras e serviços. A gente enxerga que tem um miolo da cidade que é mais bem assistido. É por isso que a gente tem um projeto para os bairros, como, por exemplo, criar um parque do Japão no Cianortinho. É preciso levar aparelhos de lazer nos bairros. Ou por exemplo, uma trilha de caminhada aqui no Corujinha, para oferecer turismo aqui nos Seis Conjuntos. Assim como trazer serviços e eventos culturais para os bairros. Porque não construir um teatro em um bairro em vez de erguer uma obras dessas no centro. Cultura acessível para as pessoas também no Vidigal, em São Lourenço.

TRIBUNA DE CIANORTE – Qual o maior problema de Cianorte?

Victor Davanço: Não há um problema específico que possa ser chamado como maior problema. O que Cianorte tem são vários focos que estão pautados no nosso plano de governo. A saúde, por exemplo, é o grande problema da cidade? Existem problemas na saúde que precisam ser melhorados. Há muitas reclamações sobre o atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas ele é o maior problema da saúde? Não é. O grande problema da saúde está nas unidades de saúde. No primeiro atendimento. Outro problema crônico de Cianorte é a questão da falta de diversificação dos modais econômicos da cidade. A gente precisa ter vários modais econômicos que proporcionem diversificação, que quando um setor vá mal o outro segure a economia da cidade. Não dá mais para depender só de um setor. Isso deixa a cidade muito frágil economicamente. E isso preciso mudar.

TRIBUNA DE CIANORTE – Cianorte produz mandioca, mas não tem uma cadeia produtiva dessa cultura. É essa aposta que você faz. Criar cadeias produtivas?

Victor Davanço: Nós temos grande empresas que trabalham com mandioca, nós produzimos mandioca, mas não temos uma feira da mandioca. Não temos eventos técnicos, de apoio para os produtores de mandioca. Você vai a Minas Gerais comer pão de queijo, quando a matéria-prima desse produto é feito aqui em Cianorte, mas aqui você não encontra quem produza pão de queijo. Nós produzimos polvilho, mas não temos uma fábrica de biscoito. Somos a Capital do Vestuário, mas não temos uma tecelagem. Queremos trazer algo que complemente a cadeia produtiva. Não adianta trazer empresas para uma concorrer com a outra, elas precisam fazer parte da mesma cadeia. Se completar. Apostar nos potenciais que a gente tem na cidade.

TRIBUNA DE CIANORTE – No seu plano de governo você fala em reestruturação administrativa. Como seria essa reestruturação?

Victor Davanço: Primeiro a diminuição de cargos comissionados. Não adianta nada o prefeito nomear uma pessoa porque ela é sua amiga ou foi seu cabo eleitoral. Ela precisa ser nomeada por sua qualificação. A gente precisa de nomeação de cargos técnicos para as secretarias. Precisamos colocar as pessoas certas no lugar certo. Também vamos abrir espaço para novas tecnologias. Porque através das novas tecnologias a gente consegue otimizar recursos, baratear custos e facilitar o acesso mais rápido e fácil da população aos serviços públicos. E por último, vamos criar um plano de cargos e salários na prefeitura beneficiando não só uma ou outra categoria. Porque isso faz a diferença, melhora o atendimento e deixa o serviço público mais eficiente.

Outras propostas

Contratação de vagas na iniciativa privada para diminuir a fila por vagas na educação infantil;

Investir na prevenção da saúde;

Priorizar recursos na atenção básica de saúde;

Valorizar o professor com capacitação e treinamento;

Implantar novos projetos nas escolas, como por exemplo, aulas de Robótica;

Criar competições pedagógicas entre alunos para desenvolver o interesse pelo conhecimento.

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