PM vai colocar todo seu efetivo nas ruas no domingo de eleição 

Durante as eleições municipais, que acontecem no próximo domingo, 15, as equipes policiais da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) estarão exercendo o trabalho de fiscalização nas sete cidades de abrangência da companhia. Serão cerca de 130 policiais espalhados na região e 90 só em Cianorte.

De acordo com o comandante da unidade, o major Elisvaldo Balbino, todo o efetivo da PM estará emprenhado durante a eleição. “Todos estarão distribuídos nos locais de votação de alguma forma, seja permanente, com viatura parada ou em patrulhamento”, esclareceu. Além disso, o patrulhamento também terá apoio do efetivo administrativo da CIPM e dos policiais do serviço de inteligência que trabalharão descaracterizados. 

Além das cidades, os distritos de Vidigal e São Lourenço, também contarão com a presença policial. “Os distritos são mais problemáticos, dão mais problemas por estarem mais distantes”, disse o major.

Estarão presentes as equipes da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Ronda Ostensiva com apoio de Motocicletas (Rocam), Canil e Patrulha Rural. Além da presença na cidade, os policiais também estarão na área rural. “Pode haver o transporte de pessoas, ou seja, a movimentação de pessoas da área rural para votar, o que é proibido”, explicou o major.

Segundo Balbino, a maior preocupação da PM é com relação à campanha política proibida. “É um período muito conturbado em que os candidatos estão na fase final e às vezes por uma diferença pequena, em margem de voto, começam a usar de alternativas que são vedadas na campanha”, afirmou.

De acordo com o major, mesmo com uma disputa acirrada é possível ver que os candidatos buscam uma campanha mais limpa. “Há muita emoção entre os candidatos, uma disputa muito grande, mas o que a gente observa é que eles não querem ganhar uma eleição e ter algo que possa gerar um problema eleitoral para ser decidido posteriormente. Em toda a região percebemos que eles se preocupam bastante”, disse o major.

A 5ª CIPM é responsável por Cianorte, Japurá, Jussara, São Tomé, São Manoel do Paraná, Indianópolis e Terra Boa.

Denúncias

Conforme Balbino, nesta semana muitas denúncias foram feitas à Polícia Militar com relação às atitudes dos candidatos. “Temos recebido muitas ocorrências relativas ao pleito. Diversas informações sobre distribuição de cesta básica, o que é irregular. Deslocamos para todas as ocorrências informadas”, disse o major.

Porém, apesar do grande número de denúncias, a maioria não é constatada, afirmou Balbino. “O pessoal se desloca, chega ao local e não esta acontecendo nada. Às vezes usam a denúncia para atrapalhar a companha do outro. E essas denúncias falsas também trazem transtorno ao nosso trabalho, mas mesmo com o grande número temos conseguido atender todas as situações”, esclareceu o major.

De acordo com Balbino, a maior parte das denúncias vem dos cabos eleitorais que reclamam aos coordenadores de campanha. “Estes então, são os que normalmente nos informam. Algumas ainda vêm dos próprios concorrentes, mas normalmente dos comitês, cabos eleitorais e candidatos a vereadores”, contou.

Além da denúncia mais corriqueira – sobre a distribuição de cestas básicas – há também às referentes à entrega de dinheiro. “Existe a cultura e a preocupação de alguns candidatos de que a eleição possa ser decidida nesse aspecto, com doações de cesta básica e dinheiro nos últimos momentos da eleição”, explicou Balbino. 

Detenções

A prisão perto das eleições somente é permitida em situações excepcionais, como o flagrante. Em outras situações, àqueles que eventualmente cometerem alguma infração assinam um termo circunstanciado.

Conforme o comandante da 5ª CIPM, o major Elisvaldo Balbino, foi determinado pela juíza eleitoral que neste ano não haverá um lugar previsto para o encaminhamento de infratores. “Isso porque não estamos esperando grande número de ocorrências”, afirmou.

“Não acreditamos que vai ter muitas infrações, pois há muita vedação. A maioria dessas coisas se resolve apenas com a advertência no local e conversa. É difícil a pessoa se alterar. O policial que está no colégio já olha, censura e resolve”, esclareceu.

Além disso, não há lei seca durante a eleição e em caso de entrega de santinhos o candidato é quem será penalizado.

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