Pandemia ajuda pessoas a pensarem ‘fora da caixa’ e abrir novos negócios

Reinventar-se não é fácil, principalmente em períodos difíceis como a pandemia do novo coronavírus. Porém, apesar de trabalhoso, se fez necessário buscar soluções durante o período, seja para manter a mente ocupada ou colaborar financeiramente com as despesas de casa.

Casada, graduada em direito e mãe de um casal de dez e dois anos, Fabiana Rosseti, ficou desempregada logo que a pandemia chegou. A mãe não tinha com quem deixar as crianças e precisou focar nos pequenos. Como ficar sem um emprego não foi uma opção, Fabiana precisou se reinventar. “Parada em casa não daria para ficar e de imediato comecei a fazer o crochê, algo que sei fazer desde os meus dez anos, e vi a oportunidade de fazer algo diferente, o macramê – técnica de tecelagem manual que consiste no uso de nós –, algo que fiz e me apaixonei”, contou.

E assim surgiu a Viva Lar, inspirada nos nomes dos filhos Vicente e Valentina. “A motivação seria o motivo de estar em casa, e ver que eu poderia fazer algo além de só cuidar dos meus filhos e da minha casa, até porque fiquei sem meu emprego e tive que ir atrás de algo para ajudar na renda”, esclareceu Fabiana.

No começo, a atividade era como uma terapia, mas depois de notar que a paralisação das escolas e a pandemia durariam mais tempo que o esperado, a atividade passou a ajudar na renda familiar. “Comecei após um mês de pandemia, logo que vi que iria longe esta paralisação. Meu objetivo seria fazer algo e vender, mas tive tanta procura de pessoas querendo aprender, e se tudo der certo e continuar a fluir, vou começar a dar um curso de macramê para iniciantes”, disse Fabiana.

“Hoje me vejo como uma empreendedora. Realizei algo do zero, novas ideias através da congruência entre criatividade, oportunidades (pandemia me ajudou a ver isto). Esta foi a forma que eu achei para amenizar as dificuldades geradas pela pandemia tanto na vida financeiramente como psicologicamente também”, afirmou nova empreendedora.

Mente ocupada

Com apenas 16 anos, Deborah Nathielly, estudante do segundo ano do ensino médio, começou a fazer crochê para se ocupar durante os dias de isolamento e distanciamento social. Porém, a atividade se tornou mais do que um hobbie e virou um novo negócio.

“No início da pandemia tentei me aperfeiçoar nisso, vi um cropped de crochê, então me arrisquei e fiz. Depois fiz um cachecol com bolso e logo estava aceitando encomendas no meu perfil pessoal”, contou Deborah.

No dia 18 de julho, a estudante criou um perfil em uma rede social com o nome de Sobre Nós. “Achei que seria maneira mais fácil de me comunicar com os meus possíveis clientes e conseguir divulgar meu trabalho”, explicou a jovem.

“Acho que com tudo que vem acontecendo em 2020, tentar começar algo novo ajuda muito. É uma maneira de tentar ‘esquecer’ e focar sua energia em outra coisa”, disse a estudante.

Estudante do segundo ano do ensino médio, Deborah, começou a fazer trabalhos em crochê. Foto: Arquivo pessoal

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