Estado registra redução de gastos no transporte e economia nas licitações no primeiro semestre

Agência Estadual

Desde o início do teletrabalho na rotina dos servidores no Estado, em decorrência da pandemia, a economia no setor de transporte tem sido considerável, em especial nas viagens oficiais. A redução desses gastos foi de 13,9% no comparativo 2019 e 2021. Outra repartição que teve bom resultado neste primeiro semestre foi nas licitações, que geraram economia de 42,49% em relação ao valor máximo estabelecido para os 132 processos realizados.

“O Estado do Paraná tem buscado reduzir ainda mais as despesas existentes e os números mostram que isso foi possível pelo segundo ano consecutivo. E não podemos deixar de destacar que esse resultado está alinhado com o aumento da produtividade dos trabalhos desenvolvidos pelos servidores e com a melhoria dos sistemas utilizados por eles”, afirma o secretário estadujal da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto.

Na comparação do primeiro semestre de 2021 com o de 2019, a redução de despesas com viagens oficiais foi de R$ 4 milhões. Contudo, os gastos também foram reduzidos entre 2020 e 2021. Conforme dados da Secretaria, por meio do Departamento de Gestão do Transporte Oficial (Deto), a economia foi de R$ 998 mil entre os dois primeiros semestres. No ano passado, o custeio foi de R$ 25,6 milhões. Este ano, o valor está em R$ 24,6 milhões. Em 2019, a título de comparação, a despesa foi de R$ 28,6 milhões.

Outro setor que gerou economia nos primeiros seis meses do ano de 2020 e 2021 foi de manutenção de veículos, com uma diferença de R$ 11,2 milhões. Como a empresa que fornecia o serviço na área era diferente em 2019, com rompimento do contrato por improbidade, a comparação com aquele ano fica inviável. Dessa forma, o total investido ficou em R$ 26,4 milhões e R$ 15,1 milhões, respectivamente.

O abastecimento de veículos do Estado, por sua vez, também teve redução tanto em comparação com o primeiro semestre de 2019 quanto no mesmo período de 2020 e 2021. A diferença, no entanto, não é percebida em valores monetários, já que o custo do combustível sofreu reajustes que já somam um aumento de 7%.

Nos primeiros seis meses de 2019, o consumo foi de 11,6 milhões de litros, que custaram R$ 42,7 milhões. Em 2020, a quantidade utilizada foi de 9,7 milhões de litros, ao custo de R$ 36 milhões. Em 2021 foi o menor entre os anos comparados, num total de 9,6 milhões de litros, mas o valor superou os dois anteriores, totalizando R$ 44,7 milhões.

LICITAÇÕES – As licitações realizadas pelo Departamento de Logística para Contratações Públicas, da Seap, no primeiro semestre de 2021, resultaram em uma economia de 42,49% em relação ao valor máximo estabelecido para os processos. Ao todo, foram 130 pregões eletrônicos e dois pregões presenciais.

Nos editais lançados, o valor que o Estado se propunha a pagar era de no máximo R$ 1,3 milhão. Como os certames levam em consideração o menor valor ofertado, os processos homologados somaram R$ 797 mil, gerando, assim, uma economia de R$ 589 mil.

Nos certames para Registro de Preços, várias secretarias e entidades do Estado foram participantes das licitações, o que gerou economia tanto processual quanto de escala nos preços registrados.

“O Estado do Paraná trabalha com o preço máximo e não preço estimado para as suas licitações, o que gera economicidade real no processo”, explica a diretora do Decon, Maria Carmen Carneiro de Melo Albanske, lembrando que o número de empresas que se cadastraram para fornecer ao Estado tem aumentado, mesmo na pandemia.

O setor de licitações foi um dos que tiveram melhor desempenho desde o início do teletrabalho. Ferramentas online como o eProtocolo e o Sistema de Gestão de Materiais e Serviços (GMS) deram agilidade ao trabalho dos servidores e permitiram a realização de tarefas de forma remota e segura. O prazo médio para o término de um processo licitatório, por exemplo, caiu quase 50% com a introdução da tecnologia digital.