Toffoli arquiva processos em operações contra Beto Richa

Da Redação com Bem Paraná

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a anulação absoluta de todos os procedimentos contra o ex-governador e deputado federal Beto Richa (PSDB) relacionados à Lava Jato e às operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro. Toffoli ordenou o encerramento das investigações penais instauradas contra Richa nessas operações.

A defesa de Richa solicitou a anulação, alegando conduta ilegal e parcial de procuradores e membros da Lava Jato, incluindo o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil), o ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) e o então procurador Diogo Castor de Mattos. Entre as decisões anuladas estão aquelas emitidas por Moro durante sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba, durante a fase pré-processual.

Toffoli enfatizou a afirmação de Richa sobre a conduta ilícita na Lava Jato, destacando diálogos obtidos na Operação Spoofing que indicavam uma “coordenação entre a força-tarefa e o ex-juiz Sergio Moro, tentando incriminar o requerente mesmo antes de denúncias formuladas contra ele nas Operações Integração e Piloto”. O ministro afirmou a existência de um conluio entre acusação e defesa em prejuízo aos direitos fundamentais de Richa, como o devido processo legal, justificando a medida.

Na declaração final, Toffoli deferiu o pedido de anulação dos atos ligados às operações citadas, realizados pela Força-Tarefa da Lava Jato e por Sérgio Moro, mesmo na fase pré-processual, ordenando o encerramento das investigações penais relacionadas a essas operações contra Richa.

Richa se manifestou sobre a decisão, enfatizando: “Essa decisão comprova e reforça a minha inocência. Fui vítima de acusações levianas com interesses políticos que buscaram manchar minha reputação, atingindo minha família, minha honra e meu nome. Sempre confiei na Justiça, sabendo que a verdade prevaleceria e os fatos seriam revelados.”