Reajuste dos medicamentos já reflete no bolso dos cianortenses

Da Redação

Não é só o preço do gás, do combustível e das compras no supermercado que estão pesando no bolso da população. Em vigor desde o dia 1º de abril, o reajuste de 10,89% no preço dos medicamentos também já reflete orçamento do cianortense.

O movimento nas farmácias, entretanto, não diminuiu significativamente. De acordo com o empresário Edcarlos Carnicelli, proprietário da Farmácia Oásis, até o momento, o reajuste não impactou no dia a dia das vendas do estabelecimento. Segundo ele, os clientes têm se incomodado com o aumento exagerado de outros itens, como os alimentícios e combustíveis.

“Na minha opinião, o povo não sentiu tanto. O pessoal já está se acostumando com o aumento do medicamento. Isso tem ocorrido uma vez por ano, apenas. Acredito que a população sentiu mais nas outras coisas, como combustível e alimentos. Acredito que, nestes setores, a alta foi bem maior do que as pessoas estavam esperando. O movimento, pelo menos para mim, continua o mesmo”, explicou o empresário.

Ainda de acordo com Carnicelli, o medicamento mais vendido em seu estabelecimento é o Dorflex, que antes do reajuste custava R$ 6,15 e depois passou a ser vendido a R$ 6,85.

Apesar de o reajuste estar em vigor desde o início do mês, nas farmácias e drogarias os novos preços estão sendo fixados aos poucos, conforme a reposição dos estoques. Por isso, nos primeiros dias após a medida entrar em vigor, a população pode não sentir tanta diferença na hora da compra. É o que explica o representante comercial Alan Domeneguete, da empresa GC Medicamentos, distribuidora de medicamentos similares e genéricos.

“O reajuste atualiza diretamente no sistema do cliente na virada do mês. A maioria das farmácias comprou em boa quantidade antes da virada do mês, pois estavam cientes do reajuste. No meu caso, nas duas últimas semanas, as vendas caíram. Isso porque os clientes já estão abastecidos até então. Acredito que as pessoas vão começar a sentir daqui uns 15 dias”, afirmou o vendedor.

O reajuste, autorizado pelo Governo Federal, é calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e leva em consideração fatores como inflação, custo dos insumos e a variação do câmbio.

MENOS IMPACTO

De acordo com especialistas, a pesquisa de preços é fundamental na hora de economizar na compra de medicamentos, já que é comum encontrar o mesmo produto do mesmo fabricante com preços variáveis em farmácias concorrentes.

Outra dica importante é a opção pelos medicamentos genéricos, que possuem o mesmo princípio ativo, dose e indicação terapêutica em relação ao produto de marca. Por exemplo, em Cianorte, um medicamento comum como o Paracetamol em gotas, pode ser encontrado por R$ 25,90 (marca), ou até mesmo por R$ 4,99 (genérico). Ou seja, quase 420% de diferença no bolso do consumidor.