Um olhar para o Paraná do futuro
Historicamente, a vocação agrícola e o potencial agroindustrial contribuem para deixar o Paraná em destaque no cenário nacional e internacional. A cada ano o agronegócio supera recordes e contribui para o progresso estadual. Este modelo, sem nenhuma dúvida, transformou o Interior na locomotiva econômica do Estado.
Contudo, ainda precisamos de energia para alcançar um desenvolvimento socioeconômico equilibrado. A taxa populacional é uma amostra das grandes diferenças regionais e aponta que ainda há problemas que precisamos equacionar, principalmente em relação à modernização da infraestrutura dos municípios, para que todos os paranaenses possam ter uma vida melhor.
Atualmente, as 20 maiores cidades do Paraná – ou 5% dos 399 municípios paranaenses – concentram uma população estimada em 6,1 milhões de pessoas. O número representa aproximadamente 52% do total de 11,8 milhões de habitantes do Estado, segundo dados preliminares do Censo Demográfico realizado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2009, ainda conforme o IBGE, 209 cidades paranaenses tinham menos de 10 mil habitantes. Passados 13 anos, o número caiu para 203. Ou seja, apenas seis localidades subiram de patamar, apesar da população paranaense ter aumentado 11,7% no mesmo período. A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) cresceu ainda mais: 16% e nove de seus 29 municípios estão entre os maiores do Estado.
No lado Leste moram quase 36% das pessoas que nasceram ou escolheram viver no Paraná. A região Norte concentra cerca de 17% dos paranaenses, enquanto a parte Oeste tem 18% e o Noroeste aproximadamente 17% da população estadual. Nos Campos Gerais estão 8,5% e o Centro-Sul tem 3,5% dos moradores do Estado.
O fato é que 85% da população vive em centros urbanos – grandes, médios e pequenos – e os outros 15% residem na área rural. Sem desconsiderar as dificuldades enfrentadas pelas famílias do campo, os dados mostram a necessidade de ampliar a oferta de serviços e melhorar a qualidade de vida de quem mora nas cidades, principalmente as menores.
Trata-se de uma tarefa essencial para reduzir as desigualdades regionais e equilibrar a gangorra do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Hoje, o Paraná tem localidades em um patamar bastante alto, enquanto boa parte dos municípios ainda puxa os dados para baixo.
A busca pela harmonia no crescimento exige um grande esforço do Poder Público e justifica a realização de um amplo programa de investimentos nas cidades, notadamente naquelas com as menores populações e que, por isso, têm poucos recursos. É isso que estamos vendo nos últimos anos, com uma gestão no Governo do Estado focada em programas e obras para modernizar serviços e estruturas urbanas.
permitir que haja recursos suficientes para repasse aos municípios. Agora, esta iniciativa ganha uma nova versão.
Com este trabalho conjunto entre Executivo e Legislativo, que envolve todas as deputadas e todos os deputados, vamos pavimentar as ruas de todas as cidades paranaenses com até 7 mil habitantes. Além de asfalto, o programa permitirá a instalação de calçadas, galerias pluviais e iluminação pública de LED.
Me orgulha ter contribuído com esta nova conquista dos pequenos municípios. Faço um mandato municipalista, resolutivo e sempre perto das pessoas. Conheço as demandas da nossa gente, principalmente daqueles que habitam localidades com baixo IDH, e sei que entre as grandes reivindicações estão a urbanização e a pavimentação.
O Governo do Estado demonstra este entendimento municipalista, valoriza os prefeitos e tem liberado muitos recursos a fundo perdido para que eles possam honrar seus compromissos com a população. É com este olhar para a frente, comprometido com o futuro das nossas cidades, que faremos o Paraná avançar. Um Paraná mais forte tem que ter cidades fortes.
Alexandre Curi é deputado estadual pelo PSD e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Paraná.