Chikungunya avança na 13ª RS e acende alerta na região

A 13ª Regional de Saúde do Paraná, com sede em Cianorte, registra avanço nos casos de Chikungunya, conforme o informe semanal divulgado na terça-feira, 27, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O boletim mostra que cinco municípios da região notificaram possíveis infecções, com quatro casos confirmados da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Cianorte lidera as estatísticas regionais, com três notificações e dois casos confirmados. Em Japurá, duas notificações foram registradas, com uma confirmação. Cidade Gaúcha, Tapejara, Tuneiras do Oeste e Guaporema notificaram um caso cada, mas ainda não tiveram confirmações laboratoriais. Até o momento, não há registros de óbitos por Chikungunya na região.

Além da Chikungunya, o boletim aponta uma notificação de Zika vírus em Cidade Gaúcha, mas sem confirmação. Ao todo, o Estado do Paraná já soma 3.495 casos confirmados de Chikungunya, em um total de 7.979 notificações. Foi confirmada ainda a segunda morte relacionada à doença no Estado, um paciente de 72 anos com comorbidades, residente em Ivaiporã, na 22ª Regional de Saúde.

Em relação ao vírus Zika, a Sesa contabiliza 90 notificações em todo o Paraná, porém nenhum caso foi confirmado até agora.

Embora os números de Chikungunya sejam monitorados com atenção, o maior foco de preocupação na 13ª RS ainda é a dengue. Cianorte já soma 310 notificações e 156 casos confirmados, além de três óbitos relacionados à doença. Cidade Gaúcha lidera na região, com 1.236 notificações e 712 confirmações.

Outros municípios com números elevados são Indianópolis (220 notificações e 137 casos), Tapejara (139 notificações e 54 casos), Guaporema (117 notificações e 12 casos) e Japurá (33 notificações e 8 casos). Jussara aparece com 70 notificações e três confirmações. Já São Manoel do Paraná (sete notificações e dois casos) e São Tomé (14 notificações e dois casos) registram índices menores. Tuneiras do Oeste apresentou cinco notificações, sem casos confirmados até o momento.

No Paraná, os números acumulados do ano epidemiológico de 2025 já totalizam 211.750 notificações de dengue, com 67.476 casos confirmados e 65 mortes. Os dez óbitos mais recentes foram registrados entre fevereiro e maio, afetando pacientes com idades entre 43 e 91 anos — nove deles com comorbidades.

Febre Oropouche

Além das arboviroses já conhecidas, o boletim da Sesa inclui registros da febre Oropouche. Foram confirmados 26 casos autóctones em Adrianópolis e um em Morretes, ambos no Litoral do

Estado. Um caso importado foi registrado em Arapongas, oriundo do Espírito Santo.

A febre é causada pelo vírus Oropouche (OROV) e transmitida pelo maruim (Culicoides paraensis), inseto comum em áreas rurais e ribeirinhas. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya, como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, o que exige atenção no diagnóstico e manejo clínico.

A Sesa reforça o alerta aos municípios para intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e demais vetores, diante da circulação simultânea de diferentes vírus, que elevam o risco de surtos e agravamento dos casos.