Busca por benefício gera filas em frente à Caixa Econômica

Os primeiros pagamentos do auxílio emergencial do Governo Federal começaram a ser feitos no dia 9 de abril. Desde então filas se formam em frente a agência da Caixa Econômica Federal em Cianorte na avenida Maranhão. Profissionais sem renda e trabalhadores informais buscam informações e esclarecem dúvidas para receberem a ajuda.

Em números atualizados só nesta quarta-feira, 15, em todo o país já foram finalizados 36 milhões de cadastros; foram feitos 39,4 milhões de downloads ao aplicativo Auxílio Emergencial; 1,6 milhões de downloads ao aplicativo Caixa Tem. Além disso, 4,9 milhões de pessoas já foram beneficiadas e R$3,2 bilhões foram creditados.

A diarista Rosa Cristino de Souza foi dispensada depois do início da pandemia do coronavírus e busca o benefício. Como contou Rosa, mais pessoas de sua família também esperam o auxílio. “Meu marido também está desempregado então também veio atrás do beneficio. Como a gente não sabe muito como fazer pelo celular, viemos tirar dúvidas”, contou.

Conforme explicou Rosa, ela e sua família são cuidadosos com relação ao novo vírus. “Nos cuidamos bem, levo álcool em gel na bolsa, só ainda não acostumei a usar máscara. Ao chegar em casa colocamos as roupas para lavar e vamos tomar banho. Tomamos os cuidados necessários”, explicou Rosa.

O vendedor de bolos Thiago Junior Galhardo também está desempregado no momento e foi até a agência da Caixa em busca do auxílio. “Minha mãe veio comigo, minha irmã já conseguiu o benefício e agora estamos aqui”, afirmou Galhardo.

“O benefício é muito bom, ajuda quem está desempregado. Ficamos muito tempo parados, as coisas vão acabando. Vai ajudar muito na compra dos alimentos”, concluiu o vendedor de bolos.

Taina Daniela Soares está grávida e desempregada. Ela foi até a agência para receber mais informações. “Como não tenho conta na Caixa, eu vim esclarecer dúvidas. Agora preciso esperar chegar minha vez para ver quais serão os próximos passos”, disse Taina.

Segundo Taina, já era esperado que encontrasse fila e muitas pessoas em busca do auxílio. “Todo mundo que vem precisa do benefício. Tem muita gente na mesma situação que eu e se estão aqui é porque precisam. Ninguém ia se arriscar a pegar o coronavírus”, reforçou.

Como Taina está grávida, os cuidados com relação ao vírus precisam ser redobrados. “Faz dois três meses que eu não saia de casa, só vim porque preciso. Ainda mais pelo fato de eu estar gravida, o risco é muito maior”, explicou.

Ela ainda contou que sai de casa apenas para as consultas referentes ao pré-natal e que é seu marido quem sai de casa para ir ao mercado ou resolver alguma situação. “Ele trabalha e vai ao mercado. Hoje eu tive que vir, porque não tem como alguém vir no meu lugar”, disse Taina.

Acompanhando sua esposa, Félix Ferreira da Silva recebeu seu auxílio no dia 9. Desempregado, Silva contou que devido a condições físicas não se mantem fixo em um trabalho desde 2016. Apenas realiza trabalhos esporadicamente e ajuda sua esposa com afazeres da casa.

De acordo com Silva, nas filas muitas pessoas desrespeitaram as precauções impostas. “Tem muito movimento e o povo não está respeitando muito a distância”, relatou.

Conforme contou Silva, seus familiares seguem todas as orientações passadas pela saúde. “Eu tenho minha mãe com 89 anos e ela mora no mesmo quintal. Ela não vai ao mercado, eu vou para ela e seguimos as orientações. Usamos álcool em gel e máscaras”, afirmou.

Informações pelo aplicativo

De acordo com informações da assessoria da Caixa, não é necessário que as pessoas formem filas em frente à agência. Os esclarecimentos com relação ao auxílio emergencial podem ser feitos pelos aplicativos , pelos telefones disponibilizados pela central de atendimento, 111 ou 121, e também pelo site www.auxilio.caixa.gov.br

A Caixa em Cianorte trabalha no momento com apenas 30% de sua equipe e atendimentos presenciais acontecem apenas em situações emergenciais. A equipe da Caixa ainda reforça que o atendimento da agência pode ser feito pela internet.

Requisitos para o auxílio emergencial

Conforme a lei, para ter direito à concessão do benefício no valor de R$ 600 em três parcelas, o trabalhador tem que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos:

– Ser maior de 18 anos;
– Não ter emprego formal ativo;
– Não ser titular de benefício previdenciário ou assistencial ou beneficiário do seguro-desemprego;
– Não ser beneficiário de programa de transferência de renda federal, exceto beneficiário do Bolsa Família, que receberá automaticamente o benefício de maior valor;
– Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos;
– Não ter recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70;
– Exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social ou trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico).

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