Apesar da estiagem, abastecimento de água em Cianorte e região está normalizado

Apesar dos diversos alertas emitidos pela Sanepar com relação aos riscos de desabastecimento, em Cianorte o rodízio de água ainda é descartado, por enquanto. No entanto, a população precisa fazer uso racional da água.

De acordo com o coordenador industrial do Escritório Regional da Sanepar, com sede em Umuarama, Ismael Vasques, a Sanepar tem captação de água no manancial Córrego Bolívar. “Este teve queda de vazão, porém essa queda não compromete o abastecimento. A captação em manancial superficial representa 72% da produção”, explicou.

Além disso, há captações subterrâneas por meio de poços tubulares profundos. “Os poços são responsáveis por 28% da produção de água da cidade e, até o momento, estão mantendo a vazão”, esclareceu Vasques.

Segundo ele, nas demais cidades da região a captação de água é feita em poços tubulares e estes não apresentam queda de vazão.

O que pode acontecer é a despressurização nas redes de distribuição de água em razão do alto consumo nesses dias de calor mais intenso. “As pessoas que dispões de caixa de água domiciliar nem chegam a sentir essa despressurização ou alguma possível falta de água”, afirmou.

As principais observações da Sanepar à população nesse momento de crise hídrica é para que todos façam o uso consciente da água, priorizando o uso na alimentação e higiene; não varram as calçadas com esguicho de água; para que reutilizem água de máquina de lavar para lavar calçadas. “É fundamental o uso racional para que todos tenham água”, destacou o coordenador industrial Ismael Vasques.

Simepar

Desde o dia 28 de setembro não foram registradas chuvas na região. E, conforme informações do Simepar, a situação deve continuar até o próximo fim de semana. De acordo com o meteorologista Fernando Mendes, serão chuvas isoladas.

Mesmo com sinais de possíveis quedas de água, ainda não será suficiente para que a estiagem seja superada.

“São chuvas abaixo do normal, e se mantem assim, não prometem recuperação. Talvez mais para o final do mês uma chuva mais significativa, em uma visão mais estendida. Mas ainda chuvas em um nível normal ou abaixo do normal. Porém, para recuperar a situação é preciso de regularidade, mas os indicativos não são os mais promissores”, esclareceu o meteorologista.

Conforme Mendes, mesmo que chova para mudar o padrão de chuva, é preciso de tempo, meses para que a crise hídrica seja sanada. “Como vemos há um ano com déficit hídrico, com chuvas abaixo da média. O que precisamos é normalizar, para recuperar temos que ter chuvas normais ou acima do normal”, finalizou.

 

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