No Paraná, 35 cidades admitem risco de falta de ‘kit intubação’ nos próximos dias

Por Bem Paraná

A quinta edição da pesquisa semanal realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com o objetivo de ter o panorama do enfrentamento da pandemia pelos Entes locais mostra que há pacientes entubados em Unidades de Pronto Atendimento (Upas) em pelo menos 28 municípios do Paraná. De acordo com a pesquisa, há risco de falta de kit de intubação em 35 cidades paranaenses (14,9%) nos próximos dias e 30,7% chegaram a registrar a falta destes medicamentos em algum momento da pandemia. A questão do oxigênio é menos grave no Paraná, segundo a pesquisa da CNM, já que apenas 11 cidades (4,6%) admitiram a possibilidade de faltar o insumo nos próximos dias.  O levantamento mostra, ainda, que 30,3% dos municípios do Estado pesquisados, ou seja 73, pararam a vacinação na semana que passou por falta de imunizantes para a primeira dose. A CNM ouviu 241 cidades do Paraná entre os dias 19 e 22 de abril.

Outro dado interessante da sondagem é que 69,3% das cidades, ou seja, 167 delas, já implementaram serviços de reabilitação para acompanhamento de pacientes pós-covid, por causa das se sequelas. Nos municípios que já tem esse serviço mêdico, a maioria, 35,8% oferece o atendimento nas unidades básicas de saúde, 17,2% em centros especializados, 7% em hospitais municipais, 6,5% em serviços privados contratados e 4,2% em hospitais estaduais.

Dados nacionais

Em todo o País, a CNM ouviu 2.096 Municípios entre os dias 19 e 22 de abril. Há pacientes intubados em Unidades de Pronto Atendimento (Upas) em pelo menos 182 Municípios. O levantamento mostra, ainda, que quase ¼ dos Municípios pesquisados parou a vacinação nesta semana por falta de imunizantes para a primeira dose.

Outro dado apontado no estudo se refere à reabilitação de pessoas pós-covid, com medidas para o tratamento de sequelas decorrentes da doença. Cerca de 70% dos Municípios afirmaram que implementaram ou pretendem implementar esse tipo de serviço. A maioria dos que já implementou (36,3%) disse realizar a reabilitação desses pacientes em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Já 19,2% afirmaram que isso ocorre em centros especializados de reabilitação do Município. O serviço ocorre, ainda, em hospitais municipais (7,8%); serviços privados contratualizados (6,5%); hospitais estaduais (3,1%); e ambulatórios estaduais (3%).

Uma grande preocupação por parte dos gestores é a falta de medicamentos do chamado “kit intubação” e de oxigênio. O tema vem sendo levantado pela CNM desde a primeira edição da pesquisa e foi destaque em reunião com o ministro da Saúde nesta segunda-feira, 19 de abril, que falou sobre as ações do governo para garantir o suprimento dos insumos.

A pesquisa aponta uma melhora neste cenário ao longo das últimas semanas, apesar de ainda preocupante. Nesta semana, 591 Municípios relataram ter risco iminente do hospital da região ficar sem o “kit intubação” e 171 relataram esse risco para oxigênio. Na semana passada, esses números eram 975 e 391, respectivamente. No início de abril, eram 1.207 e 589 nessa situação. Os dados desta quinta edição apontam, ainda, que pelo menos 745 Municípios ficaram sem o kit em algum momento deste ano.

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