Menino de três anos chegou à UPA em parada cardíaca e com várias lesões

Por Bruna Batista

A Polícia Civil investiga a morte do menino Cristofer Matos, de apenas 3 anos, ocorrida ontem, 25, pela manhã, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Cianorte. O garoto deu entrada na unidade de saúde por volta das 6 horas  levado pelo seu padrasto já desacordado e em parada cardiorrespiratória. De acordo com os médicos e enfermeiros que atenderam a criança, ele apresentava diversos hematomas no corpo, região da  face, abdômen, tórax, pernas e braços, além de lesões na região anal. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser encaminhado ao Hospital São Paulo.

Cristofer Matos morava com o padrasto e a mãe que saia para trabalhar todos os dias por volta das 4h30. O garoto ficava então com o padrasto até por volta das 7 horas, quando ia para a casa da avó materna.  A suspeita é de que a criança foi vítima de abuso sexual e várias outras agressões.

A polícia Civil já ouviu o padrasto da criança, um homem de 30 anos, que foi quem encaminhou a vítima ao hospital. Segundo ele , quando acordou  e foi ver o menino, percebeu que ele estava com a boca roxa e imediatamente correu para o hospital. No entanto, a polícia descobriu que o homem tentou dar um banho na criança antes de leva-lo ao hospital. Nesse momento a criança teria desmaiado.

Já a mãe, de 28 anos, contou que saiu para trabalhar às 4:30 horas e que antes de sair olhou o filho e afirmou que ele estava bem. Os policiais foram até a casa da família e encontraram algumas peças de roupas da criança com vestígios de fezes e sangue. Os materiais foram colhidos e encaminhados para análise.

O padrasto, assim como a mãe e a avó da criança foram ouvidos ontem durante todo o dia na 21ª Subdivisão Policial de Cianorte. A versão apresentada pelo padrasto não convenceu o delegado de plantão Vagner Malaquias que optou pela prisão em flagrante do padrasto. A mãe e a avó da vítima foram liberadas.

De acordo com o delegado-adjunto da 21ª SDP, Carlos Gabriel Stecca, o padrasto disse ainda em depoimento que o menino já estava passando mal desde o dia anterior com diarreia e vômito. Essas informações não foram confirmadas nem pela mãe, nem pela avó e tampouco pelo tio da criança.

De acordo com os médicos, as lesões encontradas no garoto não aparentam serem recentes, inclusive os sinais de abuso sexual.

“O exame deve confirmar a causa da morte do menino. As investigações já tiveram início, e por enquanto o padrasto deve continuar preso como principal suspeito do crime”, encerrou o delegado.

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