Há um ano sem notícias de Hayslon, família diz não ter perdido a esperança

OBemDito

O desaparecimento de Hayslon Miguel Valinhos completou um ano neste domingo, 23 de outubro. Mesmo com o acúmulo de angústia e frustrações, a família do adolescente disse não ter pedido a esperança de encontrá-lo.

Hayslon, que agora tem 17 anos, saiu de casa, no município de Cianorte, para visitar a mãe, em Umuarama. “Desapareceu igual fumaça”, relatou o tio Edinho a OBemdito, em junho último. A situação continua a mesma. “A gente vive publicando, tentando conseguir alguma informação, mas até agora, nada”.

O desaparecimento de Hayslan se deu durante um processo de mudança da zona rural para a cidade de Cianorte. Enquanto Valdecir, o pai, cuidava da mudança, Hayslon Miguel afirmou que iria visitar a mãe, em Umuarama. A família suspeita que o adolescente, que é autista, tenha entrado em crise e se perdido no caminho.

Mas por que ninguém nunca o encontrou, mesmo após o caso ter ganhado destaque nos sites de notícias, canais de televisão, emissoras de rádio e jornais? Hayslon pode ter conseguido uma carona para algum lugar distante das casas dos pais?

Estudos afirmam que pessoas diagnosticadas com o grau de Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem desenvolver hiperfoco em certas atividades e desenvolver uma habilidade notória naquilo que se propõem a fazer.

No caso de Hayslon, existe a suspeita de que o jovem tenha seu foco em sobrevivência em mata. A pedagoga Ana Floriopes, que trabalha com a inclusão de crianças especiais na comunidade escolar, publicou um trecho da conversa que teve com Gustavo, irmão de Hayslon, e que chama bastante a atenção:

“Ele me informou que seu irmão assistia muitos programas de sobrevivência na mata, inclusive Largados e Pelados. Fazia armadilhas para pegar animais, caçar na mata e perguntou à tia, tempo antes, sobre Umuarama”, escreveu ela.

Mas, um ano depois, Hayslan Miguel ainda estaria vivo na mata? Que mata? Por repetidas vezes, familiares e amigos, amparados pelos contingentes das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Tiro de Guerra, fizeram buscas em áreas por onde o adolescente pudesse ter se alojado. Até mesmo um helicóptero foi utilizado no trabalho, mas nenhuma pista foi encontrada.

Qualquer informação sobre o paradeiro do menino deve ser repassada à Polícia Militar, em ligação gratuita, pelo 190.