Buscas por adolescente de 16 anos desaparecido entram no 11º dia  

Da Redação

Cianorte está mobilizada para encontrar o adolescente Hayslon Miguel Valinhos de Oliveira, de 16 anos, que desapareceu no dia 23 de setembro. Equipes do Corpo de Bombeiros com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar, amigos e parentes, fazem uma varredura na cidade. Durante todo dia de hoje, 3, uma equipe do 8º Subgrupamento Independente do Corpo de Bombeiros fez buscas com auxilio de um cão farejador. Mas até o momento ele não foi encontrado.

Hayslon Miguel morava com o pai e o irmão no distrito de Vidigal, e se mudavam para Cianorte quando ele saiu de casa, após discutir com o irmão de 11 anos, dizendo que iria para a casa da mãe, em Umuarama. Segundo o pai do adolescente, ele saiu com uma mochila e não foi mais visto.

As buscas foram realizadas em toda a área rural próxima a chácara onde a família morava, e outros pontos de Cianorte. O pai, que cuida sozinho dos dois filhos, tem uma equipe de sobreaviso 24 horas por dia, para auxiliar nas buscas.

Após onze dias de desaparecimento, a hipótese de que ele estaria indo em direção à mãe, é cada vez menor. Segundo o delegado responsável pela da Delegacia Da Mulher, em Cianorte, Wagner Quintão, a principal suspeita é de que ele esteja escondido na mata.

“O tempo é algo que não corre a favor em qualquer desaparecimento, assim como a situação psíquica dele que também é uma preocupação. No entanto, o pai informou que ele tem uma habilidade para sobreviver na mata, por ter morado bastante tempo na área rural. As diligencias são intensas, e a expectativa é de encontra-lo com vida”, destaca o delegado.

O adolescente está em tratamento, e tem um diagnóstico prévio e tardio de um possível Transtorno do Espectro Autista (TEA). A mudança da zona rural para urbana pode ter sido um grande gatilho da crise emocional ou surto. O que lhe ocasionou intenso sofrimento psíquico. Quanto à comunicação, o adolescente tem dificuldades para iniciar, mas responde o  lhe é perguntado.

“Após todos esses dias é muito difícil saber que comportamento ele pode ter. A meu ver, o quadro do transtorno mental deve ter agravado muito. A transferência dele para o Colégio Estadual Igléa Grollmann  faz pouco tempo que ocorreu. Com a pandemia foi muito difícil realizar atendimentos. Agora com o retorno presencial tivemos a exata situação de nosso querido aluno Hayslon Miguel”, destaca a professora Ana Floripes, que também participa das buscas.

A polícia pede o apoio de toda a população para ajudar a encontrar o adolescente. Pela dificuldade em se comunicar, o mais indicado é que a pessoa que o ver, acione a polícia e mantenha contato visual com o garoto até a chegada da equipe.