Fiocruz capacita profissionais da Saúde no Paraná em epidemiologia de campo

Agência Estadual

A Fiocruz-Brasília, de forma online, está capacitando trabalhadores da Saúde no Paraná, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), tendo público composto por profissionais indicados pelos gestores dos estados e municípios de todo Brasil. Dos 30 participantes desta primeira especialização em Epidemiologia de Campo do País, 27 são do Paraná.

O objetivo da capacitação é contribuir para a melhoria das ações de vigilância em saúde e o fortalecimento da saúde pública nas investigações e controle de surtos, planejamento e realização de estudos de campo nos âmbitos regional e local.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância da pesquisa em epidemiologia, principalmente neste cenário da Covid-19. “Estudar as causas e efeitos da saúde coletiva e propor medidas de prevenção e controle de doenças é fundamental em nossa área. Lidar com o vírus SARS-CoV-2 foi um enorme desafio para todos nós”, disse.

“O estudo que será realizado esta semana aqui pode ser estendido aos municípios, permitindo um melhor entendimento sobre surtos e epidemias que possam ainda surgir e atingir toda a coletividade”, completou.

Durante a semana, a “turma Paraná” vai fazer uma pesquisa com a população nas ruas de um bairro de Curitiba referente à atual situação pandêmica. O tema do trabalho conclusivo é o “Inquérito sobre a percepção da população vacinada sobre Eventos Adversos Pós-Vacinação possivelmente relacionados às vacinas para o vírus SARS-CoV-2 (Covid-19) no Bairro Hauer, Curitiba”.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr, é uma das participantes do curso da Fiocruz. “Trata-se de uma capacitação em serviço que tem a característica do aprender fazendo. Desde maio somente tínhamos aulas virtuais. Agora vamos fazer este levantamento sobre as reações da vacina contra a Covid-19 para a conclusão de todo nosso estudo, que vai possibilitar a vivência prática do método epidemiológico”, enfatizou.

Serão aplicados 370 questionários para moradores do bairro com 18 anos ou mais que já receberam pelo menos uma dose do imunizante. O objetivo é analisar a percepção da população sobre as reações das vacinas. Os entrevistadores estarão uniformizados com camisetas, pranchetas, mochilas e materiais identificados com o nome EpiSUS.

ESPECIALIZAÇÃO

Esta é a segunda turma criada para esse tipo de estudo na especialidade epidemiológica. O curso iniciou em maio de 2021 e tem duração de oito meses. Entre os estudantes estão profissionais da saúde municipais, das Regionais de Saúde, da Vigilância Epidemiológica e do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde da Sesa (Cievs).

Participam deste módulo representantes de Curitiba, Ivaiporã, Itambé, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Niterói (RJ), Campo Grande (MS) e Porto Alegre (RS).

PARTICIPAÇÃO

A 6ª etapa da especialização em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (Episus) Intermediário tem a orientação do diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira; do tutor Clodoaldo Penha Antoniassi; da representante do Instituto Carlos Chagas (ICC) – Fiocruz Paraná, Maria das Graças Rojas Soto; das apoiadoras do Ministério da Saúde Carla Baeta e Tânia Portella Costa, e do Cievs Paraná, Daniele Arita.