Em comparação com o mesmo período de 2020, janeiro de 2021 tem 88% menos casos de dengue

Da Redação com Agência Nacional

No período epidemiológico atual de dengue, que vai de agosto de 2020 até o final de julho de 2021, os 12 municípios da região somaram 33 casos de dengue. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma redução significativa de 88% no número de casos. No final de janeiro de 2020, a região contava com 275 casos, conforme o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) na terça-feira, 27.

Em todo o ciclo 2019/2020 foram registrados 4.410 casos da doença. Este foi o pior período de dengue dos últimos anos. O pico da doença foi em março de 2020, quando foram confirmados 1.979 casos. Após este mês os casos começaram a reduzir. Em abril foram 956 casos e em maio 217.

A queda dos casos se deve a dois fatores, como explicou supervisora da Vigilância Ambiental e Programa de Combate às Endemias de Cianorte, Vera Lúcia Fusisawa Craveiro, a suscetibilidade da população e ao fumacê que foi espalhado pela cidade durante o período crítico. Entre o final de abril e a última semana de maio de 2020, os carros de fumacê fecharam cinco ciclos de aplicação no município.

Com relação a suscetibilidade, isso acontece, pois a população que já foi contaminada pelo vírus da dengue de tipo dois não será mais suscetível. “Pensando em toda essa população imune, abaixa o número dos que estão suscetíveis. Não que o vírus não circula, ele vai circular, mas quem já pegou esse tipo não vai pegar novamente. É uma população a menos que não vai pegar de novo, a não ser que seja outro tipo (são quatro tipos diferentes)”, esclareceu a supervisora.

Além disso, a redução também se deve ao uso do fumacê. “Com o fumacê que tivemos em maio, acabamos com os mosquitos adultos, criadouros foram eliminados, então não desovou. Não cresceu mosquito adulto”, disse Vera.

Segundo a supervisora, para manter os números de confirmações baixos é preciso que a população colabore. “O maior alerta para a população é cuidar dos criadouros, principalmente com as condições climáticas que vamos ter. Chuva e calor aumentam o número mosquitos”, explicou.

Conforme a supervisora é preciso que a população permaneça consciente e que ajude cuidando de sua residência e seu lixo. “Não jogar lixo nas ruas, pois vai tudo para as galerias, pode parar em algum lugar onde acumula lixo. A pessoa tem que jogar o lixo no lixo.”, disse. “As pessoas não se comprometem, não é só saúde humana que está em risco, é meio ambiente. Temos que cuidar”, concluiu.

Região

De acordo com o boletim divulgado pela Sesa, os municípios da região não registraram novos no desde novembro. Além disso, Cianorte, Cidade Gaúcha, Guaporema e São Manoel do Paraná seguem sem casos confirmados.

Paraná tem 1.946 casos e combate a dengue continua como prioridade 

O boletim semanal da Dengue publicado nesta terça (26) pela Secretaria de Estado da Saúde registra 1.946 casos confirmados da doença no Paraná. São 139 casos a mais que o informe anterior, que apresentava 1.807 confirmações. Os dados são do atual período epidemiológico.

“A dengue continua sendo uma das prioridades da Secretaria da Saúde, que segue dando apoio técnico às suas 22 Regionais e às equipes de Vigilância Ambiental dos municípios paranaenses”, afirma o secretário Beto Preto. “Nossos profissionais monitoram diariamente as ocorrências e estão à disposição das cidades para orientações em relação ao enfrentamento da doença”.

Comparando o total de casos desta semana com o mesmo período do ano passado houve uma redução significativa. Em janeiro de 2020 a semana epidemiológica somava 7.618 confirmações e nesta semana o Estado totaliza 1.946.

“Vários fatores estão influenciando nesta redução. O trabalho constante de orientação junto à população é um deles, mas, neste momento de pandemia, acreditamos que as pessoas têm procurado os serviços de saúde com menor frequência e os casos acabam não sendo registrados. Para a saúde pública isso é preocupante porque a doença pode evoluir e se agravar sem que o paciente receba assistência”, afirma a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, Ivana Belmonte.

Segundo ela, apesar da redução no número de casos, a taxa de letalidade da doença aumentou neste período, o que significa que os casos registrados atualmente são mais graves. “No mesmo período no ano passado o boletim estadual trazia dois óbitos, hoje soma seis óbitos. A taxa de letalidade saltou de 0,81 para 11,32”, explica a coordenadora.

O boletim semanal apresenta 14 municípios com casos de Dengue com sinais de alarme e seis municípios com casos de dengue grave. São 23.043 notificações para a dengue abrangendo 329 municípios.

“Nossa recomendação é para que as pessoas sintomáticas busquem o apoio dos serviços de saúde e, principalmente, para que a população não baixe a guarda em relação aos cuidados preventivos, eliminando os locais e recipientes que acumulem água parada nos quintais e ambientes internos das residências”, destaca Ivana.

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