Criança vítima de violência sexual em Mariluz disse que viu o pai abusando da enteada, de 6 anos

De acordo com informações divulgadas pela delegada da 17ª DRP, Karolina Bischoff, a Polícia Civil de Cruzeiro do Oeste cumpriu no início da tarde desta terça o mandado de prisão preventiva, decretado pela Vara Criminal de Cruzeiro do Oeste, após representação da própria delegacia. O pedido foi referendado pelo Ministério Público e, por fim, deferido pelo Poder Judiciário da Comarca.

Um homem é investigado pelo crime de estupro de vulnerável (Art. 217-A do Código Penal). Segundo apurado pela Polícia Civil, os abusos sexuais contra as crianças de seu convívio aconteceram ao longo dos anos.

As vítimas identificadas incluem sua ex-enteada, ao tempo em que residiam juntos anos atrás; sua própria filha, uma criança de 10 anos de idade, cujos abusos teriam se tornado uma constante desde que a menor passou a residir com o pai; e sua atual enteada, uma criança de 6 anos de idade.

“O que chama atenção é que a denúncia foi trazida ao conhecimento desta autoridade policial pela própria filha e possível vítima do investigado, atualmente com 10 anos de idade. Em sua oitiva, em sede de escuta especializada, a menor relatou não apenas os abusos que teria sido submetida ao longo de várias meses pelo próprio genitor, como também afirmou ter presenciado seu pai tocando nas partes íntimas da enteada, como já dito anteriormente, uma criança de apenas 6 anos de idade”, informa a delegada.

Karoline acrescentou que a Polícia Civil teve conhecimento da situação através da filha do acusado. “Ficamos sabendo pela própria criança de 10 anos e pela genitora das duas vítimas. Segundo a mãe, ao tempo em que descobriu os abusos em relação a filha primogênita, anos atrás, por medo do companheiro que, segundo ela, era pessoa extremamente violenta e agressiva, decidiu não denunciar os fatos às autoridades competentes”.

A delegada acrescentou que: “Sendo assim, a Polícia Civil tomou conhecimento dos fatos envolvendo as três menores apenas recentemente. Frise-se que, segundo a genitora, em que pese não ter denunciado seu então companheiro, assim que soube dos abusos, separou-se, mas permitiu que a filha continuasse convivendo com o pai, pois acreditou que ele não teria coragem de abusar sexualmente da própria filha de sangue”.

Karoline informou que a investigação está em curso e novas informações serão fornecidas, conforme o desenvolvimento do caso.

APOIO DA COMUNIDADE

A Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Oeste agradece o apoio da comunidade e reitera, por meio deste comunicado, seu firme compromisso com a investigação meticulosa e o combate resoluto a todos os crimes de violência sexual, sobretudo aqueles cometidos contra crianças e adolescentes.

“A sociedade pode ter plena confiança de que, ao tomarmos conhecimento de tais crimes, não mediremos esforços para apurar os fatos e responsabilizar os autores, agindo sempre com a seriedade, a competência e a humanidade que a natureza sensível desses crimes exige. Não admitiremos em qualquer uma das cidades de nossa Comarca, violações tão graves dos direitos humanos e da dignidade das pessoas, especialmente face aos mais vulneráveis em nossa sociedade”, divulgou a delegada.