Gilmar Mendes ordena desbloquear R$ 166 milhões em bens de Beto Richa e família

A pedido do Ministério Público Federal, a 23ª Vara Federal de Curitiba havia determinado, em 2019, dentro da operação Integração, o bloqueio de 166 milhões em bens do ex-governador Beto Richa (PSDB), de sua esposa, Fernanda Richa, e do filho André Richa. A operação investiga denúncias de corrupção nos pedágios do Paraná.

Porém, nesta terça-feira, 10, foi publicada a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que determinou, no dia 16 de dezembro, o desbloqueio dos bens. Em agosto de 2021, o ministro já havia atendido o pedido da defesa de Richa e determinado que o processo saísse da Justiça Federal para ser julgado pela Justiça Eleitoral.

Na denúncia, o MPF apontou que o esquema teria desviado R$ 8,4 bilhões através do aumento de tarifas de pedágio e obras não realizadas. De acordo com a investigação, concessionárias pagavam propina ao grupo do ex-governador em troca da elevação das tarifas e cancelamento de obras. O ex-governador sempre negou as acusações. A propina paga teria chegado a R$ 35 milhões, segundo o MPF.