Varejo paranaense acumula elevação de 3,3% até maio

Fecomércio PR

O varejo paranaense acumula elevação nas vendas de 3,3% de janeiro a maio. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e traz os números relativos a maio de 2022.

Mantendo a tendência apresentada no mês de abril, o comércio do Paraná continua avançando nas vendas, especialmente nos três setores que mais sofreram com a pandemia: calçados (43,95%), vestuário e tecidos (29,14%) e livrarias e papelarias (25,76%), devido ao retorno da circulação de pessoas, a volta às aulas e dos trabalhos presenciais e, principalmente, por causa do Dia das Mães, segunda data que mais movimenta o comércio, só perdendo para o Natal.

Por outro lado, os segmentos que tiveram uma verdadeira explosão nas vendas durante o auge da pandemia, tiveram queda no faturamento no acumulado de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, o que demonstra que retornaram ao volume habitual de vendas: material de construção (-6,01%); lojas de departamentos (-0,74%) e farmácias (-0,55%).

Na variação mensal, maio teve crescimento de 6,94% em relação a abril, influenciado também pelo Dia das Mães. O maior volume de vendas foi registrado pelas lojas de vestuário e tecidos (27,96%) e calçados (25,66%), que comercializam os produtos mais procurados pelos filhos ao presentear nesta data. O único setor a apresentar queda foi supermercados (-6,3%), reflexo da inflação sobre os alimentos e perda do poder aquisitivo, que faz com que o consumo diminua e também pelas vendas do mês de abril terem sido melhores neste setor por causa da Páscoa.

Já na comparação com maio de 2021, em que as vendas de determinados setores ainda sofriam com o isolamento social e pela diminuição na circulação de pessoas, o varejo paranaense cresceu 3,1%. Com o abrandamento da crise sanitária, determinados padrões de consumo foram retomados e outros modificados, e os setores que cresceram ou mantiveram constância nas vendas em 2021, neste ano, apresentaram queda, o que não significa necessariamente prejuízo. Além disso, verifica-se o impacto da inflação e alta nas taxas de juros.

Os setores que apresentaram crescimento em maio de 2022 na comparação com maio de 2021 foram combustíveis (23,7%), livrarias e papelarias (22,92%), calçados (19,77%) e autopeças (16,27%). Os ramos com maiores reduções foram: material de construção (-15,79%), móveis, decoração e utilidades domésticas (-7,81%) e lojas de departamentos (-3,78%).