Paranaenses estão mais endividados, aponta pesquisa da Fecomércio-PR

Fecomércio-PR

O endividamento dos paranaenses subiu no mês de maio. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), 92,5% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida.  Esta é a segunda elevação do indicador, que em abril foi de 91,6%. Na comparação com maio de 2021, quando 89,2% dos paranaenses estavam endividados, demonstrando que também houve agravamento. Este é o maior índice de endividamento para o mês de maio de toda a série histórica da pesquisa.

No cenário nacional, a proporção de endividados recuou 0,3 ponto percentual em relação a abril, e abrange 77,4% das famílias brasileiras.

O pagamento das dívidas dos paranaenses atrasou um pouco mais em maio. Entre os endividados, 22,2% relataram estar com as contas vencidas, ante os 21,9% nesta situação em abril. Entretanto, quando comparado com o ano anterior, percebe-se uma redução de 4,4 pontos percentuais na inadimplência. De modo geral, 63,9% das famílias com contas em atraso dizem ter condições de pagar em parte ou totalmente sua dívida até o próximo mês. Esse percentual sobe para 80% nas famílias de maior renda. Mas este é um ponto de atenção, visto que é o segundo mês consecutivo de aumento no atraso do pagamento.

Por outro lado, observa-se queda no percentual de famílias sem condições de pagar suas contas, que passaram de 8% em abril para 7,8% em maio. Essa redução foi puxada principalmente pelas famílias de maior renda, entre as quais apenas 1,2% reconhecem não ter condições de quitar seus débitos.

Tipo de dívida

No topo dos motivos que levam ao endividamento está o cartão de crédito, com 81,4% e alta mensal de 1,7%. Já as dívidas do financiamento imobiliário corresponderam a 8,2% em maio e para a compra do carro, a 7,5%.

Apesar da pouca utilização, o uso do cheque especial e do cheque pré-datado subiu 166% e 147,8%, respectivamente, de abril para maio.