Relaxamento de medidas restritivas contra Covid-19 faz despencar o consumo de álcool em gel

Ao longo dos últimos meses, na medida em que a vacinação contra a Covid-19 foi avançando e os números da pandemia (casos novos, casos ativos e óbitos) foram caindo, as medidas restritivas para prevenção do coronavírus foram sendo flexibilizadas, relaxadas. No Paraná, por exemplo, o uso de máscara já não é obrigatório desde o final de março e as regras de distanciamento social também foram sendo abrandadas. E esse movimento também impactou no comportamento dos cidadãos.

De acordo com dados do estudo Radar Scanntech Brasil, os consumidores da região Sul do Brasil (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) apresentam uma preocupação cada vez menor com os produtos de limpeza e antissépticos, itens básicos para a higienização das mãos e a garantia de ambientes limpos e livres do coronavírus.

A venda de produtos como o álcool em gel, por exemplo, teve queda de 53,7% (em termos de unidades comercializadas) entre os meses de janeiro e abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Uma procura que começou a cair já em janeiro (-19,7% em relação ao mesmo mês do ano passado) e que foi se acentuando nos meses seguintes, em fevereiro (-40,7%), março (-70,8%) e abril (-71,3%).

Não foi, entretanto, apenas o famoso álcool em gel que teve menor saída. Produtos de limpeza em geral, como o próprio álcool comum, tiveram uma variação negativa (-33%) em unidades e em valor (-20%). “Isso prova que, para além do álcool em gel, a população está mais despreocupada com a limpeza exaustiva de ambientes e produtos que era feita no período mais crítico da pandemia”, aponta a Scanntech.