Nutrição que preenche: que a sua relação com o alimento seja gostosa, saudável e leve!

Amanda E. Matos Falcuci

Praticar uma nutrição diferente é algo desafiador. Nos coloca vulneráveis e isso pode parecer um problema. Mas acredite, é a vulnerabilidade que nos conecta. Compreender o papel de cada comida na nossa vida e entender o que influencia e determina nossas escolhas alimentares é fundamental. Afinal, as nossas vontades e impulsos estão além dos nossos hábitos diários.

Dietas restritivas e regradas para perda de peso, remédios emagrecedores e “milagrosos”, além de atividade física em excesso. Até que ponto essas alternativas são saudáveis e nos deixam felizes? O comportamento alimentar e o comer intuitivo possuem integrações de alguns sistemas que promovem a sintonia entre a comida, a mente e o corpo. São eles: os pensamentos, os sentimentos e o nosso fisiológico.  Respeitando a fome e as nossas emoções, descobrindo a satisfação e apreciando a saúde para uma nutrição mais gentil.

Quando percebemos que comida não é apenas comida, também percebemos que a saúde é o resultado não só de nossos atos como também de nossos pensamentos e que isso tudo é mais importante do que simplesmente “o que” se come! Precisamos ressignificar o sentido dela dentro do nosso corpo e da nossa mente. A comida é nutrição, é sabor, é prazer! Não categorize o alimento que você mais gosta de comer como “proibido”. Saiba que é possível se permitir, reconhecendo as suas necessidades fisiológicas para respeitar as suas emoções.

O prazer de comer é um dos sentidos mais básicos da vida e compartilhar a comida é uma das felicidades do ser humano. Por isso, não sinta culpa; sinta prazer ao comer. A culpa é um sentimento que surge quando fazemos algo que consideramos errado ou inadequado. E a culpa tem sido, infelizmente, associada à alimentação, porque estamos esquecendo da pluralidade de significados do comer e suas inúmeras motivações.

E como é possível treinar outras formas de cuidar das emoções que não envolvem a comida? Para além das rotinas de comer, mexer-se e dormir, você deve também descobrir ou redescobrir prazeres que enriqueçam a sua rotina. Dedique-se a interesses, hobbies, cursos e dê espaço para qualquer coisa que alimente a sua vida de novas e boas energias. Tudo em equilíbrio!

Enfim, não temos fome só de comida. Temos fome na alma. Se ame como você é, buscando assim o que realmente é melhor para você, cuide dos seus pensamentos, se descubra dia após dia, e busque sempre outras formas de prazer. Vamos buscar uma nutrição mais humanizada, mais gentil e com respeito. Seja sua melhor versão todos os dias! Aceite as suas fases e teremos o alimento como nosso amigo!

Amanda E. Matos Falcuci é nutricionista na Flormel