Regulamentação do mercado de gás natural vai ampliar competitividade da indústria, defende Fiep

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou recentemente a possibilidade de que indústrias que tiveram queda na produção em decorrência da pandemia renegociem os volumes de gás natural contratados junto à distribuidora. A medida, que dá mais fôlego às empresas, foi possível graças a uma negociação feita pela Compagas com a Petrobras, fornecedora da molécula. Para a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), esse é mais um passo no processo de revisão do mercado de gás natural, que precisa ser acelerado para ampliar a competitividade do setor industrial.

“O gás natural, apesar de não renovável, é um combustível menos poluente e que, se fornecido em volume suficiente e a um preço justo, pode representar vantagens competitivas para indústrias de diversos setores”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “A Compagas tem realizado esforços para atender o setor industrial paranaense, principalmente neste momento de crise”, acrescenta.

O gás natural é um energético utilizado por indústrias que precisam gerar calor em seus processos produtivos, como as de cerâmica, papel e celulose, alimentos, medicamentos e automóveis, entre outras. Também é usado para geração de energia em usinas termelétricas. “O país precisa planejar a ampliação do uso de gás natural e é fundamental que isso ocorra o quanto antes”, completa Carlos Valter.

Projeto de lei – Esse planejamento passa pela regulamentação do setor. Há um ano, o anúncio do Novo Mercado de Gás representou a quebra do monopólio da Petrobras no fornecimento e transporte da molécula, abrindo a possibilidade de que outras empresas comercializem gás natural no país. Uma competição que deve dobrar a oferta, fazendo com que o produto tenha preços menores.

Buscando agilizar esse processo, um grupo de mais de 60 entidades industriais, incluindo a Fiep, assinou uma carta cobrando a aprovação do Projeto de Lei 6407/2013, que traz as diretrizes para promover a competição e a redução do preço do gás. No documento, pedem apoio dos parlamentares para que a matéria seja aprovada o mais rapidamente possível.

 

 

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