Mortes ‘em casa’ aumentam no Paraná desde o início da pandemia

Um total de 29,2% dos registros de óbitos feitos pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná, desde a primeira morte por Covid-19, no dia 16 de março, teve como local de morte o domicílio do falecido. Os dados fazem parte do novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, lançado na quinta-feira (07), que disponibiliza as informações com base no local de falecimento atestado pelos médicos, e que está disponível no endereço Covid Registral (http://transparencia.registrocivil.org.br/registral-covid).

O Portal também mostra que, em comparação com o mesmo período de 2019 – entre 16 de março e 30 de abril – foi registrado um aumento de 18,5% no número de mortes em domicílio em todo o estado.

Foi registrado, também, o aumento de mortes em domicílios por pneumonia, Insuficiência Respiratória, Septicemia, causas Indeterminas e Demais Óbitos por causas naturais: somados, em 2019 foram 1.767 óbitos; em 2020 passou para 2.085, um aumento de 17,9%.

Com esta atualização, o Portal da Transparência, que até esta quinta-feira (07.05) contabilizava 9.228 mortes suspeitas ou confirmadas por Covid-19 em todo o Pais, passa a disponibilizar informações sobre o local de falecimento constante nas Declarações de Óbitos, segmentados por Hospital, Domicílio, Via Pública e Outros.

O percentual de óbitos em domicílio também aumentou em Curitiba. Em 2019, 24% dos falecimentos por causas naturais ocorreram na casa das pessoas; em 2020 passou para 29,2%. 

“O Portal da Transparência é muito importante para a divulgação dos dados relacionados à Covid-19, principalmente para que as autoridades públicas possam ter noção do que fazer e dos procedimentos que podem ser adotados para minimizar a pandemia”, destaca a presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR),

Elizabete Regina Vedovatto. “O Portal está sendo essencial tanto para a população ficar esclarecida, quanto para as autoridades e jornalistas terem acesso à informação. Os novos dados que serão disponibilizados só vão somar para todos terem maior conhecimento e controle dos registros dessas mortes”, diz.

As novas informações sobre local de morte se juntam à possibilidade de consulta de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), Pneumonia, Septicemia, Insuficiência Respiratória e Causas Indeterminadas, possibilitando a comparação com o total de óbitos por causas naturais registrados pelos Cartórios em todo o Brasil, com recortes estaduais, municipais e por períodos determinados, sendo também possível a comparação dos dados de óbitos nos anos de 2019 e 2020.

Entre os estados, comparando-se o total de mortes em domicílio no mesmo período dos anos de 2019 e 2020, o Amazonas é aquele que registrou o maior aumento: 149%. Na sequência, está o Rio de Janeiro, com um aumento de 40,6%, seguido pelo Distrito Federal com 31,1%, Paraná, com 21,8% e Pernambuco, com 20,3%. Já o estado de São Paulo registrou, em 2020, um aumento de 14,5% no número de mortes em domicílio em relação ao mesmo período de 2019.

 

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