Lideranças pedem solução para impasse que impede duplicação da BR-376
Assessoria
A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e outras entidades empresariais pedem uma solução definitiva para um impasse judicial que impede a duplicação de um trecho da BR-376, em Apucarana. O imbróglio afeta o trânsito na principal ligação do Norte e Noroeste do Paraná com Curitiba e o Porto de Paranaguá.
A duplicação na região foi concluída em 2021. Mas, na altura da Vila Reis, a obra segue inacabada. Um novo viaduto ferroviário, com espaço suficiente para permitir a construção da pista duplicada, já está pronto. Porém, a linha férrea ainda não foi desviada para essa nova estrutura por causa de uma disputa judicial iniciada em 2019 entre a Rumo, concessionária do serviço ferroviário, e proprietários dos terrenos que ficam ao lado da ferrovia. Atualmente, o processo está em fase de realização de uma perícia.
“Uma infraestrutura adequada é fundamental para a competitividade de todo o setor produtivo”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “A duplicação de boa parte da BR-376 já foi um grande avanço, mas é incompreensível que se leve tanto tempo para solucionar um impasse relativamente pequeno e finalizar esse trecho, que ainda causa transtornos para veículos e caminhões que passam por ali”, completa.
Interesse público
O prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Júnior, reforça a necessidade de conclusão. “Aqui passa toda a safra do Norte do Paraná, que é de 25% a 30% da safra do Estado, além de partes do sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. E todo mundo tem que fazer fila indiana, sendo que a obra está pronta”, declara. “O interesse da sociedade tem de prevalecer. Esse não é um problema de Apucarana, é um problema do Norte do Paraná e de todo o Estado”, acrescenta.
Opinião parecida tem o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz, Milho, Soja e Beneficiamento do Café do Estado do Paraná (Samisca), Sérgio Biazze. “A gente lamenta que demore tanto tempo para resolver essa situação, que traz prejuízos para todo mundo, já que é um ponto de gargalo ao chegar na cidade e que coloca em risco até mesmo a vida das pessoas”, afirma.