Instituições para idosos são interditadas em Cianorte

A Vigilância Sanitária de Cianorte interditou, na terça-feira, 4, três unidades da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A decisão veio após a constatação de condições insalubres e riscos iminentes à saúde dos idosos acolhidos. O caso ganhou repercussão depois de um grave acidente ocorrido no dia 12 de janeiro, quando uma idosa caiu no fosso do elevador em uma das unidades.

Segundo nota oficial da Prefeitura, a ILPI já vinha sendo monitorada há anos pelos órgãos competentes, incluindo a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Conselho Municipal do Idoso, a Vigilância Sanitária e o Ministério Público. Inspeções anuais eram realizadas para garantir a qualidade dos serviços prestados.

Após o acidente, a equipe técnica sanitária esteve na unidade da Rua Pacaembu, 66, no dia 13 de janeiro, onde encontrou irregularidades graves. Diante do cenário, a instituição foi interditada, e os responsáveis receberam um prazo para realocar os idosos em segurança. No entanto, a solução adotada pela proprietária não resolveu o problema.

Os internos foram transferidos para três outras unidades, localizadas na Rua Tapajós; Rua Propriá; e Avenida Bahia. Contudo, essas novas instalações também foram alvo de fiscalização e, na tarde de terça-feira, 4, foram igualmente interditadas por não atenderem os requisitos necessários para funcionamento. As condições encontradas colocavam os idosos em risco, levando à determinação do fechamento total das unidades.

A Prefeitura de Cianorte destacou que os serviços oferecidos pela ILPI eram totalmente particulares, contratados e custeados pelas famílias dos idosos, sem qualquer convênio ou colaboração com o município. Apesar disso, o poder público reforçou seu compromisso com a segurança e a integridade da população idosa.

“A administração municipal se posiciona firmemente contra qualquer situação que viole os direitos dos idosos e reafirma seu compromisso em garantir atendimento humanizado e digno”, diz o comunicado oficial.

Agora, as autoridades avaliam alternativas para garantir o bem-estar dos idosos desalojados e investigar possíveis responsabilidades pela situação. O caso segue sob acompanhamento do Ministério Público e das demais entidades fiscalizadoras.