Frota de veículos da região cresce 2,9%

As 12 cidades que compõem a região da Associação dos Municípios do Médio Noroeste (Amenorte) registraram juntas um aumento de 2,9% da frota total de veículos. Em fevereiro deste ano, os municípios atingiram a marca de 120.184 veículos, enquanto no ano mesmo período do passado eram 116.799.

O município que registrou maior aumento de veículos foi Indianópolis, em 2019 o município contava com 3.062 registros, já em fevereiro de 2020 o número saltou para 3.253. Ou seja, um aumento de 6,2%. O crescimento é superior à média registrada no Paraná, que apresentou um aumento de 4%, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).

Em seguida, Guaporema e São Manoel do Paraná apresentaram maior registro com um aumento de, 4,4% e 4%, respectivamente. Cianorte teve um aumento de 2,6%, entre fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020.

Ano a ano os números de veículos crescem nas cidades, o que pode apresentar problemas de sobrecarga no trânsito. A locomoção e, principalmente, lugares para estacionar passam a ser pontos de preocupação.

De acordo com o diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), engenheiro civil e especialista em infraestrutura e transportes, Rafael Fontes Moretto, a administração pública precisa apresentar alternativas de locomoção para que o transporte flua, mesmo com o aumento gradativo da frota de veículos. “Eu vejo como alternativas às cidades médias e pequenas porte a integração do transporte público e alternativo, o transporte sustentável, ciclovia, bicicletas de aluguel”, afirmou.

Segundo Moretto, é importante que existam recursos financeiros para serem direcionados a essas áreas. “Basicamente é necessário o investimento pesado em transporte público”, esclareceu.

Para Moretto, em cidades menores, o estacionamento rotativo pode ser uma medida extrema, mas a melhoria do transporte público já traria resultados positivos aos municípios. “A questão de rotatividade de estacionamento, como medida de rodízio, seria muito extremo, mas a concepção de transporte público e implantação de binários, áreas relacionadas ao fluxo, estacionamento, um regramento uma melhor destruição colaboraria. Planejamento é a palavra”, sintetiza o engenheiro.

Interesse

Um fator apontado pelo diretor do Crea-PR é a falta de interesse da população quando assunto é trânsito e os meios de transporte. “As pessoas que utilizam os veículos, meios de transporte, devem ter um pouco mais de interesse pelo assunto. Normalmente, temos audiências públicas, discussões, e isso deveria ter mais participação da população”, reforçou.

Para Moretto, as redes sociais ainda colaboraram para um termômetro com relação aos assuntos do cotidiano que envolvem o trânsito, mas mesmo assim “a participação da população é muito pequena”.

“Muitas prefeituras nem têm esse setor de planejamento, mas tem que ter. Aqui mesmo (em Pato Branco, onde Moretto mora) faço parte de comissões de mobilidade de transito, estão construindo um novo terminal rodoviário, tem planejamento, plano diretor, para o pessoal ter essa participação”, contou o engenheiro e especialista em infraestrutura.

Consciência

Além disso, Moretto ainda reforça a importância da conscientização das pessoas no trânsito, seja de pedestres ou de motoristas. “Pessoal reclama muito que o motorista não tem educação, mas o pedestre também não tem muito respeito. Tem local específico para pedestre, a faixa, e muita gente ignora. Então isso também pega no quesito de educação no trânsito”, afirmou. “É preciso da colaboração de todos”, finaliza.
 

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