Janeiro de 2021 é o mais chuvoso dos últimos 20 anos

Da Redação com Agência de Notícias

Janeiro de 2021 é o mais chuvoso dos últimos 20 anos. As chuvas diárias e volumosas atingiram a marca dos 401,8 milímetros (mm), número que ultrapassou o volume de janeiro de 2005, quando o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registou 371,1 mm.

A média histórica registra nos meses de janeiro é de 188 mm. Neste ano, o valor foi mais do que o dobro. Em 2020, o volume registrado foi de 186,6; no ano anterior foram 156,6 mm e em 2018 foram 256 mm.

De acordo com o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, até o final dessa semana as chuvas continuarão presentes. A partir do fim de semana, serão mais esparsas. “No final de semana não teremos tanta chuva, serão as precipitações de verão. Um calor mais intenso e chuvas no final da tarde”, afirmou. 

Tempo

Conforme informações do Simepar, na terça-feira, 2, um sistema de baixa pressão atmosférica, que se encontra sobre o Paraguai, associado a presença de uma frente fria sobre o oceano, vai gerar pancadas de chuva a qualquer momento do dia, em todo o Estado.

A partir de quarta, 3, o clima tem mais característica do verão, com tempo abafado e chuvas preferencialmente a partir da tarde. Na quinta, as chuvas podem ser registradas a qualquer hora, pois há o avanço de uma frente fria pelo Sul do Brasil, o que ainda pode gerar tempestades. Na sexta, 5, o tempo fica instável em boa parte do interior paranaense.

De acordo com a previsão do sistema, no começo da próxima semana ocorrerão algumas pancadas de chuva de forma localizada, pois há uma diminuição das taxas de instabilidade.

Com relação à temperatura, até a quinta-feira, 4, as temperaturas estarão mais altas, por volta dos 31°C. Já as mínimas ficarão entre 19 e 21°C. A partir de sexta, as temperaturas mais altas ficam entre 29 e 25°C, e as mínimas entre 17 e 20°C.

Nível do Rio Ivaí sobe a 4,5 metros

Com o grande volume de chuvas registrado em janeiro , o nível do Rio Ivaí chegou a 4,5 metros no dia 31 de janeiro. Na virada para o dia 1º de fevereiro, o nível já começou a baixar. Às 14 horas, o Instituto das Àguas do Paraná registrou nível de 4 metros no Porto Bananeira, que fica a 20 quilômetros a montante (águas acima) da ponte sobre o rio na PR-323, entre Doutor Camargo e Jussara.

Durante o fim de semana, muitas pessoas comentaram com relação ao nível do Rio Ivaí. Como esclareceu o comandante do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Cianorte, o subtenente Sergio Dinardi, ainda falta muito para que a água chegue até a ponte. Segundo ele, o nível segue tranquilo e em situação segura.

Com os níveis de alguns rios subindo, é preciso ter cuidado. De acordo com o cabo Rafael dos Santos Souza Vaz do 8º Subagrupamento de Bombeiros Independentes (SGBI), é preciso ficar em locais que tenham condições de banho.

“No Rio Paraná, por exemplo, normalmente os locais que é para banho são demarcados com boias e tem a presença do guarda vida. Antes de demarcar, ele entra, vê o local e se está perigoso deixa uma área menor”, explicou.

O cabo disse que não se deve entrar em locais que não tenham a presença de um guarda vidas. “Os banhos ainda devem ser em águas que fiquem até a altura do umbigo, que não sejam em locais de correntes”, disse.

Conforme Vaz, a orientações é que, tanto em praias como em rios, a pessoa, de preferência, conheça o local.

Em caso de afogamento, o cabo reforçou para que ninguém entre na água para resgate. “E caso tenha alguém se afogando, não entre pra ajudar, mesmo que saiba nadar. Procure alcançar um objeto, é mais seguro e dessa forma você não se coloca em risco. Então usar uma corda, um pedaço de pau, algo que flutue, para ajudar essa pessoa”, esclareceu.

De acordo com Vaz, o nível do Rio Paraná subiu nos três últimos fins de semana. “Tem condições de banho sim, nos locais onde há postos de guarda vidas, mas eles pedem a atenção dos banhistas devido ao aumento das águas”, concluiu.

A Operação Verão, na costa Noroeste, teve início no Natal e deve terminar uma semana após o Carnaval, no dia 17 de fevereiro. 

Paraná ultrapassa média histórica de chuvas

Chove chuva, chove sem parar. A melodia do cantor e compositor Jorge Ben Jor embalou o mês de janeiro no Paraná. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontou que a precipitação acumulada em oito pontos diferentes do Estado foi de 2.748,6 milímetros (mm). O índice é 151% superior ao mesmo período do ano passado – em janeiro de 2020 foram 1.094,2 mm.

Em relação à média, o aumento também foi significativo, de 67%. No primeiro mês de 2021 choveu 343,5 mm, contra um histórico de 205,7 mm. O levantamento leva em consideração as regionais de Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.

“Choveu muito no Paraná por inteiro, em algumas localidades bem acima da média histórica. O principal fator foi o fluxo de umidade no canal da Amazônia para o Sul o País. Janeiro normalmente já é úmido e quente, com essa atividade ficou com ainda mais umidade e calor, resultando em chuvas diárias”, afirmou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

Ele lembrou que Foz do Iguaçu (Oeste) e Guaraqueçaba (Litoral) bateram recorde de precipitação dos últimos 20 anos. Em Guaraqueçaba foram 810 mm em 31 dias, a cidade que mais choveu em janeiro no Paraná. Em Foz, a vice-líder, o acúmulo foi de 609,6 mm. Guaratuba (571,2 mm), Antonina (513,6 mm) e Santa Helena (400,6 mm) completam o top 5, de acordo com o Simepar.

“Os maiores índices ficaram concentrados no Litoral e no Oeste paranaense”, disse Kneib.

Segundo Reinaldo Kneib, a chuva deve continuar em fevereiro, mas em menor intensidade, especialmente no Litoral e Interior do Estado. “Será dentro da média, um mês mais calmo”, afirmou.

A chuva em janeiro em seis pontos diferentes do Paraná

Paranaguá: 2020 – 123,4 mm | 2021 – 563,2 mm | Média histórica: 299,2 mm

Curitiba: 2020 – 156,6 mm | 2021 – 194,6 mm | Média histórica: 185 mm

Londrina: 2020 – 108 mm | 2021 – 230,8 mm | Média histórica: 227,3 mm

Maringá: 2020 – 138,8 mm | 2021 – 350,2 mm | Média histórica: 202,7 mm

Foz do Iguaçu: 2020 – 201,8 mm | 2021 – 609,6 mm | Média histórica: 174 mm

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