Incidência de incêndios em vegetação volta a crescer e preocupa Corpo de Bombeiros

Da Redação

Cigarros, fósforos, fogueiras e queimadas inadequadas podem ser elementos iniciais para uma tragédia. Os incêndios florestais resultam em grandes danos ambientais, econômicos, e para a saúde humana. Desde o início de agosto, um alerta foi emitido em todo o Estado. Em Cianorte, entre os dias 13 de julho e 6 de agosto, 11 focos de incêndios em vegetação foram atendidos pelas equipes do 8° Subgrupamento de Bombeiros Independente (8°SGBI).

Em 2021 o alerta para o risco de incêndios chegou um pouco mais tarde que em 2020. Naquele ano, o aviso das autoridades foi publicado entre os dias 13 de julho a 8 de agosto, quando 10 ocorrências de incêndio em vegetação foram registradas pela corporação. A maioria desses registros foi atendida nas margens das rodovias que cortam a região. Já 2021, foram oito focos próximo aos acostamentos das estradas.

De acordo com a tenente do Corpo de Bombeiro em Cianorte, Kassia Patrícia dos Santos Feitosa, o atraso no alerta para o risco de incêndio está relacionado ao período de estiagem. “Esse ano tivemos o mês de junho mais chuvoso do que o esperado, e a vegetação ficou úmida por mais tempo. Mas com a geada, o mato está ainda mais seco e provavelmente nas próximas semanas, com o aumento da temperatura, será mais preocupante, pois qualquer fagulha pode iniciar um incêndio”, explica a tenente.

O Corpo de Bombeiros promove o monitoramento através de imagens de satélites e assim que informados de algum alerta, a Defesa Civil do município é acionada.

A orientação é que assim que identificado um foco, que seja informado imediatamente a Central de Operações, via 193. Os cuidados devem ser redobrados porque o fogo descontrolado pode se alastrar rapidamente, causando danos irreversíveis.

“Muitas pessoas tem o costume de usar o fogo para limpar terrenos e quintais. Esse fogo pode se propagar e causar um incêndio de proporções enormes, mesmo uma bituca de cigarro às margens das rodovias pode ser perigoso”, comenta a tenente.

DEFESA CIVIL

A Defesa Civil Municipal mapeia diariamente em geoprocessamento (métodos teórico-matemáticos e computacionais) as áreas de risco, eventos e potencialidades de incêndio, e mantem com o Corpo de Bombeiros um canal direto para articulação, e resposta aos eventos.

Com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente são articuladas ações dentro da reserva do Parque Cinturão Verde,  que possui uma brigada de incêndio contratada.

Segundo o secretário de Defesa Civil, tenente-coronel Elias Ariel de Souza, o órgão acompanha o alerta em período de seca, e está preparado caso haja necessidade de intervenção.

“O período é de observação, monitoramento e acompanhamento diário por parte da Defesa Civil do Município. Se não houver precipitação adequada para o período, será requisitado à decretação de emergência, no sentido de apoio da Defesa Civil Estadual e Federal dentro do sistema nacional de defesa civil o que, se necessário, permite suporte e recursos extras e  agilidade no uso dos recursos do fundo municipal de defesa civil”, explica o coronel.

PUNIÇÃO

No Paraná as queimadas irregulares de vegetação e de lixo são infrações administrativas, passiveis de multa para os responsáveis. O valor mínimo é de R$ 5 mil, e pode chegar a R$ 50 milhões, variando de acordo com o tamanho da área afetada e os danos causados na fauna e na flora da região.

A soltura de balões também é proibida no Estado, já que a queda do artefato pode causar acidentes, com incêndios que podem atingir não somente a vegetação como também alguma residência.