RESISTINA: Obesidade e Diabetes

A molécula de resistina, produzida no tecido adiposo, tem sido envolvida no fator de resistência a insulina tanto no diabetes quanto na obesidade. A resistina pode ser o possível elo entre diabetes e obesidade.

Um grupo de pesquisadores verificou, em ratos, que os níveis de resistina são reduzidos com a utilização de drogas antidiabéticas, enquanto a obesidade induzida pela dieta aumenta os níveis desta citocina. A administração de drogas anti-resistina melhorou os níveis sanguíneos de glicose e a ação da insulina na obesidade induzida pela dieta (Steppan et al., 2001 citado por Gentil, 2014). Posteriormente verificou-se que os níveis de resistina são associados a obesidade em animais e humanos; sua expressão em diabéticos tipo II chega a ser 20% maior em comparação com indivíduos não diabéticos (Hermsdorff & Monteiro, 2004 citado por Gentil, 2014).

A resistina também causa níveis elevados do mau colesterol (LDL) aumentando o risco de doenças do coração. Esse hormônio causa o aumento da produção de LDL nas células do fígado humano, e também degrada receptores de LDL no próprio fígado. Como resultado, o fígado torna-se menos capaz de limpar o mau colesterol do corpo.

As estatinas (principal medicamento de redução de colesterol disponível hoje), usadas no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, têm seus efeitos impactados negativamente pela ação da resistina. A maior implicação causada é que os níveis elevados de resistina no sangue podem levar a incapacidade das estatinas para reduzir o colesterol LDL.

O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e derrames. Esta condição pode levar a um acúmulo de placas nas paredes das artérias, com seu consequente estreitamento, causando uma condição chamada aterosclerose, que pode tornar mais difícil para o sangue fluir através do coração e de todo o corpo.

Estar acima do peso também aumenta a probabilidade de pressão alta e diabetes, agravando os riscos de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.

Referência:

GENTIL, Paulo. EMAGRECIMENTO: quebrando mitos e mudando paradigmas. 3ª edição, eBook Kindle, 2014. 248p.

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