Gaeco investiga fraudes em licitações da gestão 2020-2024 em São Tomé
Deflagrada em 26 de agosto de 2025, a Operação Pandora segue em andamento e investiga supostas fraudes em licitações realizadas no município de São Tomé. Conduzida pelo núcleo de Umuarama do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a investigação apura supostos crimes de associação criminosa, fraude em licitações e peculato ocorridos entre 2020 e 2024, período correspondente à gestão do então prefeito Océlio Cesar Ferreira Leite.
A operação foi autorizada pela Vara Criminal de Cianorte a partir de pedido do Ministério Público do Paraná. Nos autos nº 0008697-05.2025.8.16.0069, foram requeridas medidas como prisões temporárias, buscas e apreensões, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias, além da quebra de sigilo de dados telefônicos dos investigados.
No dia da deflagração, nove pessoas foram presas temporariamente. Os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e dois de sequestro de bens. Durante as diligências, foram recolhidos documentos, oito aparelhos celulares, cheques, uma arma de fogo sem registro e R$ 10.952 em dinheiro vivo.
Segundo o Promotor de Justiça, Guilherme Franchi Da Silva Santos, as apurações concentram-se em contratos de licitação realizados exclusivamente entre 2020 e 2024. Há indícios de direcionamento em editais, superfaturamento de contratos e pagamentos irregulares a empresas ligadas a servidores públicos.
O atual prefeito interino, João Paulo Travassos Raddi, conhecido como João Paulo Fogo, assumiu a chefia do Executivo em 1º de janeiro de 2025. Ele não é investigado na operação.
A investigação continua sob responsabilidade do Gaeco e do Ministério Público. O material apreendido passa por perícia, e novos desdobramentos não estão descartados.

