Unicesumar não tinha alvará para construção de bloco que desabou e matou estudante em Maringá; diz prefeitura

A construção do bloco que desabou no Centro Universitário de Maringá (Unicesumar), no norte do Paraná, há uma semana, não tinha alvará da prefeitura. O acidente resultou na morte de uma estagiária de engenharia e feriu dois operários.

O desabamento ocorreu no dia 16 de maio. Segundo a Defesa Civil, uma laje da estrutura do bloco que estava sendo construído caiu e isso provocou um efeito dominó. A estrutura atingiu três pessoas que trabalhavam na obra.

A estagiária de engenharia civil chegou a ser socorrida, levada para um hospital, mas não resistiu e morreu no mesmo dia. Os outros dois trabalhadores também foram socorridos, um deles recebeu alta nesta semana e outro segue internado.

Nesta sexta-feira (24), a Secretaria Municipal de Planejamento informou, por meio de nota, que a Unicesumar pediu alvará de construção do bloco em agosto de 2018, mas, três meses depois, o pedido foi negado por falta de documentos para orientar a análise. Na época, a prefeitura notificou a empresa sobre a decisão.

Laje desabou em um centro universitário de Maringá — Foto: Defesa Civil/Divulgação

O município diz que um novo pedido foi protocolado em março deste ano. Essa solicitação ainda não foi analisada pelos técnicos da Secretaria de Planejamento que têm de 90 a 100 dias para dar um parecer. A prefeitura afirmou que a construção do bloco que desabou foi iniciada sem o alvará de projeto e execução.

O inquérito que apura as causas do acidente foi aberto na quarta-feira (22). O delegado responsável pelo caso pediu que todos os documentos sejam entregues em até dez dias.

A Unicesumar e a construtora ainda não se manifestaram sobre a informação da prefeitura. O município também não informou sobre as fiscalizações na obra.