Região perdeu 1,1 mil empregos em 2019
O ano de 2019 não foi nada bom para a região no que diz respeito à geração de empregos. O saldo dos doze meses do ano passado pode ser considerado um desastre do ponto de vista econômico para as 12 cidades que compõem a região administrativa da Associação dos Municípios do Médio Noroeste do Estado do Paraná (Amenorte). O saldo entre admissões e demissões no período foi de menos 1.119 vagas, ou seja, a região perdeu em um ano mais de mil postos de trabalho formais entre janeiro e dezembro de 2019.
Para se ter uma ideia do que isso significa, 2018 fechou com um saldo positivo de 280 empregos. A diferença entre os últimos dois anos é de 839 vagas fechadas.
Os números fazem parte de um levantamento feito pela TRIBUNA DE CIANORTE com base nos dados fornecidos pelo Cadastro de Geração de Emprego e Renda (Caged), do Ministério da Economia. Tapejara apresentou o a maior variação negativa, foram 790 demissões.
A maior parte dos desligamentos aconteceu no setor da indústria da transformação, termo usado para classificar os sistemas de produção que transformam matéria prima em um bem, como os setores têxtil e de confecção, expressivos na região. Foram 1.558 demissões, o que gerou um saldo negativo de 740 postos de trabalho encerrados.
Como efeito de comparação, em 2018, Tapejara teve um saldo negativo de uma vaga. O setor mais atingido foi na cidade foi, novamente, a Indústria da transformação com 100 demissões.
Cianorte, a maior cidade da região, apresenta saldo positivo na geração de empregos nos dois últimos anos, mas apresentou uma queda de 40,9% em 2019, ano que registrou um saldo de 155 contratações. O ano anterior, 2018, apresentou um saldo de 379 admissões.
Assim como em Tapejara, o setor da Indústria da transformação é o mais significativo na Capital do Vestuário. Nos dois últimos anos foram registradas 8.060 admissões e 7.753 demissões.
Indústria têxtil
De acordo com o último levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a região vem perdendo empregos nos dois setores a cada ano. Em 2017 eram 7.572 empregos formais. Em 2018 esse número caiu para 7.343.
Paraná
De acordo com os últimos dados apresentados pela Abit, o Paraná fatura cerca de R$ 14,4 bilhões com o setor têxtil e de confecção, parte do setor da Indústria da Transformação. A representatividade do Estado no faturamento do Brasil é de 8,2%. O quarto estado que mais representa o setor.
Segundo o último levantamento, em 2019 o Paraná registrou 735 empresas no setor têxtil e 3.990 no setor de confecção, totalizando 4.725. Já o ano anterior o estado tinha um total de 4.874 empresas.
A Abit informa que o setor têxtil é responsável por 13.173 empregos, enquanto o de confecção por 51.668.
Com relação ao desempenho do setor no Paraná, em outubro de 2019 e nos 12 meses anteriores foi registrada uma queda de 2,5% da produção têxtil e 0,5% no vestuário. O varejo de roupas cresceu 0,3%.
SALDO DE EMPREGOS EM 2019 NAS 12 CIDADES DA REGIÃO |
|||
2019 |
Admissões |
Demissões |
Saldo |
Cianorte |
9524 |
9369 |
155 |
Cidade Gaúcha |
718 |
1090 |
-372 |
Guaporema |
100 |
38 |
62 |
Indianópolis |
223 |
278 |
-55 |
Japurá |
835 |
659 |
176 |
Jussara |
616 |
688 |
-72 |
Rondon |
898 |
810 |
88 |
São Manoel do PR |
50 |
89 |
-39 |
São Tomé |
171 |
199 |
-28 |
Tapejara |
1392 |
2182 |
-790 |
Tuneiras do Oeste |
153 |
219 |
-66 |
Terra Boa |
1160 |
1338 |
-178 |
Saldo total |
15840 |
16959 |
-1199 |
FONTE: CAGED