Quase um terço das pequenas áreas rurais da região desapareceram

Com o encerramento da fase de coleta de informações para o Censo Agropecuário 2017, a Agência do IBGE local começa a computar os dados para apresentar os resultados definitivos no próximo mês. Por enquanto, a pesquisa aponta uma grande redução no número de estabelecimentos rurais na região. Com base no último censo, de 2007, o número total estimado nos sete municípios era de 5 mil, mas a coleta localizou pouco mais de 3,7 mil estabelecimentos, o que representa uma queda de 26%. Em Cianorte, a diminuição foi de 16,5%, passando de 1623 para 1356 em 10 anos.

Segundo o coordenador da Agência do IBGE local, Ricardo Galindo Soares, vários fatores foram responsáveis pela queda. O que percebemos é que as grandes propriedades ganharam espaço com tecnologia avançada e elevaram os custos de produção, com isso o número de pequenos produtores diminuiu muito. Além disso, o número de pessoas que arrendam suas terras cresceu bastante, explicou.

A coleta do Censo Agro considera o número de estabelecimentos e não propriedades rurais de um município, dessa forma um mesmo estabelecimento pode ter várias propriedades arrendadas. Os primeiros resultados da pesquisa também apontam que as principais culturas cultivadas em Cianorte são mandioca, soja, milho e cana-de-açúcar. Criações de frango e aves e pecuária bovina também se destacam entre as atividades rurais.

DIFICULDADES

Na Agência do IBGE local, que abrange as cidades de Cianorte, Jussara, Japurá, São Tomé, Tapejara, Tuneiras do Oeste e Terra Boa, houve dificuldade em manter o ritmo de trabalho dos recenseadores. A previsão era de que 18 pessoas participassem da coleta, mas cerca de 38 passaram pela unidade. Muitos desistiram do trabalho logo no início e outros não apareceram pela convocação, então tivemos que deslocar alguns de outras agências, mas conseguimos cumprir os prazos nacionais, disse Soares.

Outros contratempos enfrentados foram a localização de proprietários, a identificação de divisas de terras e municípios e o longo período de chuvas do início do ano, enumera o coordenador.

Agora, as informações serão apresentadas a entidades do setor e revisadas pelas equipes do IBGE, conforme necessidade. Os resultados oficiais devem ser divulgados em julho.