Preço do gás de cozinha sobe de novo e revendas tentam segurar reajuste

O quilograma do gás liquefeito de petróleo (GLP) está mais caro nas distribuidoras desde quarta-feira (1°). Desta vez, o reajuste foi no Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No Paraná, a alta chega a 8% no preço da compra do produto pelos revendedores, o que pode refletir no preço final.

Para não prejudicar tanto o consumidor, algumas revendas pretendem absorver o reajuste. Nos próximos dois meses teremos novos aumentos já previstos, dos funcionários e da Petrobras. Então vamos tentar segurar essa alta para que o consumidor não seja tão atingido, afirma o empresário cianortense Carlos Alberto Camacho.

A presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) de Maringá, Sandra Ruiz, disse que os empresários precisam tomar cuidado com absorção de preços, para não inviabilizar os negócios. Muitos não têm condições de segurar esse novo aumento. A margem está cada vez menor e já temos empresários fechando as portas ou trabalhando na informalidade. O Governo do Paraná poderia ter segurado esse reajuste em um momento de dificuldade econômica, ressaltou.

Este é o quarto aumento seguido do produto. O último foi em julho, quando os revendedores passaram a pagar 4,4% a mais pelo GLP por conta do reajuste da Petrobrás. Nos últimos anos, os revendedores não vêm repassando o reajuste, porque a gente percebe que há uma recusa da população, já que o gás está sendo vendido a R$ 80 em alguns lugares. Mas, agora, se não houver esse repasse, a situação cará crítica. Já temos muitos empresários fechando as portas, lamenta Sandra.

Se o reajuste chegar ao consumidor final será de aproximadamente R$ 5. Em Cianorte, a média de preços do botijão de 13 kg nas revendas é de R$ 75. (Com informações Sinegás e GMC Online)