Paraná registra 1º caso da doença do novo período epidemiológico

O Informe Técnico semanal divulgado ontem (17) pelas coordenadorias de Vigilância Ambiental e de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) confirma o primeiro caso de chikungunya do período, que começou a ser monitorado a partir de 28 de julho de 2019.

O caso é importado e o local provável de infecção foi o município de Arapiraca, no estado de Alagoas. A pessoa que contraiu chickungunya reside em Araucária; é uma mulher, de 55 anos. Ela já foi medicada e passa bem.

Em relação à dengue, o informativo apresenta 354 casos confirmados neste novo período epidemiológico. São 97 casos confirmados a mais que o boletim anterior, representando aumento de 37,74% em uma semana.

A doença está presente em 79 municípios pertencentes a 16 Regionais de Saúde do estado. As Regionais com mais ocorrências são: Maringá, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Cornélio Procópio, Londrina, Umuarama e Campo Mourão.

O Paraná apresenta hoje 3.355 notificações para a dengue.

Cinco municípios estão em situação de alerta para a doença: Inajá, Flórida, Uraí, Floraí e Indianópolis. A incidência registrada nestas cidades é maior que 100 e menor que 300 casos por 100mil habitantes.

O Boletim da Sesa também chama a atenção para o Serviço de Alerta Climático da Dengue do Laboratório da Universidade Federal do Paraná, que fornece informações para que os municípios identifiquem sua situação de risco e intensifiquem as medidas de controle e combate ao mosquito transmissor da doença. Nesta semana a publicação alerta municípios das regiões Oeste, Noroeste e Norte com condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti.

Responsabilidade coletiva – A Secretaria da Saúde do Paraná reforça que o controle vetorial é o principal componente para combate à dengue e outras arboviroses, como chikungunya e zika.

Pedimos a todos os gestores municipais e à população para que mantenham as ações de prevenção, como verificar diariamente se existe algum tipo de depósito de água parada em seu imóvel, no prédio público, no quintal e dentro de casa, orienta o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.

Estes pontos que acumulam água parada se transformam facilmente em criadouro do Aedes aegypti, afirma a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.

Segundo levantamento feito entre abril e junho deste ano, 40,69% dos criadouros foram encontrados em recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas e entulhos de construção; 29,84% em vasos e pratos de vasos de plantas, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção; 15,77% em depósitos de água ao nível do solo para armazenamento doméstico e, 6,72% em pneus velhos. Também são locais favoráveis para a formação de criadouros: depósitos de água elevados, tanques em obras e em borracharias, calhas, toldos em desníveis, ralos sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos de vidro em muros, buracos em árvores ou rochas, entre outros.

Pedimos para que todos redobrem a atenção aos principais locais para formação de criadouros e proliferação do mosquito transmissor da dengue. A temporada primavera-verão está chegando e a associação entre calor e chuva facilita ainda mais a proliferação, reforça a coordenadora.