Noroeste liderou geração de vagas no primeiro semestre

A região Noroeste foi a campeã de geração de empregos no Paraná no primeiro semestre deste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que foram criados 5.505 novos empregos com carteira assinada na região. O número é resultado da diferença entre contratações e demissões no período.

Com isso, o equivalente a 24% do saldo de empregos no Estado nos primeiros seis meses do ano foram gerados no Noroeste. Em segundo lugar ficou a região Oeste, com 5.361 vagas, seguida pelo Norte Central (5.107), Sudoeste (3.968) e Norte Pioneiro (2.054).

USINAS E CONFECÇÕES 

De acordo com Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, a geração de vagas no Noroeste foi impulsionada, principalmente, pelas usinas de açúcar e álcool da região, pela agricultura e pela indústria de confecções. A região é forte produtora de álcool e açúcar, que teve papel importante na geração de vagas no semestre, diz Suzuki. Além do emprego nas usinas, o setor também aumentou o ritmo de contratação no campo para a colheita.

A indústria alimentícia, de bebidas e álcool (que inclui as usinas) gerou 2.892 vagas. A agricultura veio em segundo lugar (1.081), e a indústria têxtil e do vestuário em terceiro (792). Há polos importantes de confecção em cidades como Paranavaí, Umuarama e Cianorte. E a indústria de vestuário vem se recuperando da crise com aumento das vendas no mercado interno, diz Suzuki Júnior.

Entre as cidades que mais geraram empregos na região Noroeste estão Paranacity, com 599 vagas, Umuarama (521) e Paranavaí (508).

SEGUNDO SEMESTRE

O Paraná encerrou o primeiro semestre com saldo total, entre todas as regiões, de 23.189 vagas. Para Suzuki Júnior, a tendência para a segunda metade do ano é que o impacto positivo da agricultura, por questões sazonais, diminua, mas deve ser compensado pelo aumento da geração de vagas de setores como serviços e comércio.

O desempenho no semestre marca a retomada da geração de vagas no Estado. Nos primeiros seis meses de 2016, a geração de postos de trabalho estava negativa em 16.763. Neste ano, os setores de Serviços (12.046), Indústria de Transformação (10.529), Agropecuária (2.594) e Construção Civil (1.110), contribuíram para o saldo positivo.