Ministro da Educação diz que Lula e Dilma são drogas mais pesadas que os kg de cocaína em avião

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, causou polêmica na manhã desta quinta-feira ao comparar os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff a drogas. Ele fazia referência à prisão do segundo-sargento da Aeronáuta Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 39 quilos de cocaína no aeroporto de Sevilha, na Espanha. O militar integrava a equipe de apoio à viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro ao Japão e chegara ao terminal europeu em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

No passado o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?, escreveu Weintraub no Twitter.

Internautas classificaram o comentário do ministro como “baixo nível” e ressaltaram o caráter sério do caso do militar. O presidente Jair Bolsonaro ordenou que o Ministério da Defesa colabore com a investigação das autoridades espanholas. O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse na chegada ao Japão que o Planalto e o Comando da Aeronáutica não admitem a situação “em hipótese alguma” e prezam pela devida apuração e eventual punição de Silva Rodrigues.

“Desnecessário! Vamos trabalhar?”, destacou um internauta, em resposta a Weintraub.

“Muito baixo nível”, rebateu outro.

Com a repercussão, os termos “Ministro da Educação” se tornaram um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta manhã.

Embora parte dos usuários tenham apoiado o ministro e considerado o tuíte uma “piada”, outros pediram que o ministro “respeitasse o cargo”.

“Amigo, este tuíte não é condizente com o cargo que ocupa”, apontou um internauta.

“Tu é ministro da Educação. Comece a agir como tal”, criticou outro. “Ministro da (falta de) Educação”, acrescentou mais um internauta.

O segundo-sargento foi preso na manhã de terça-feira pela polícia espanhola, no aeroporto de Sevilha, suspeito de tráfico de drogas. Apresentado em um tribunal nesta quarta-feira, Silva Rodrigues foi colocado em detenção provisória e será investigado por crime contra a saúde pública, categoria que inclui o tráfico na Espanha.

A comitiva de apoio à equipe presidencial fez escala em Sevilha antes de seguir para o Japão, onde Jair Bolsonaro participa da cúpula de líderes do G20. O avião presidencial faria escala na mesma cidade espanhola antes de seguir para o Japão, mas, após a prisão do militar, parou em Portugal.