Cianortenses marcam presença em ato contra o governo em Brasília

Rafael, de 19 anos e Bruno, de 22 anos, contaram como foi a experiência e quais são os objetivos deles

Elisa Bertoncello
Bruno e Rafael vieram conhecer a Tribuna de Cianorte na última semana

Nesta semana a Tribuna de Cianorte recebeu a visita de dois cianortenses que participaram de perto de um dos mais polêmicos capítulos da história política brasileira: a votação pela continuação do processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, ocorrido no dia 17 abril. Bruno José Martins da Silva, 22 anos e Rafael Ribeiro de Camargo, de 19 anos, levaram a bandeira de Cianorte até a capital federal e voltaram com uma certeza: a política brasileira tem que mudar.

Eles foram até Brasília junto com um grupo que saiu de Maringá na noite da quinta-feira (15/04) e lá tiveram uma das experiências mais intensas da vida deles. Foi um misto de adrenalina e muita emoção. Conhecemos pessoas de diversas partes do Brasil, com as mais diferentes culturas, mas que estão com o mesmo objetivo, uma mudança política no Brasil, contou o estudante universitário Bruno da Silva.

Rafael conta que ele e Bruno se conheceram através das redes sociais e viram que tinha algumas coisas em comum. Bruno, que mora em Maringá, falou sobre o grupo que iria para Brasília e Rafael se interessou em participar da manifestação contra o governo. No dia 13 de março, que também teve protesto, fiquei com muita vontade de ir [a Brasília], mas por causa de compromissos pessoais, não pude participar. Então, quando surgiu a oportunidade de participar no dia 17, fiquei muito animado. Como cidadão de bem, que se preocupa com o futuro do Brasil, me senti no dever de fazer parte disso. O que temos hoje é um governo criminoso, e não estou me referido apenas a um partido político. Por isso precisamos de mudança, explicou Rafael, que atualmente trabalha com o pai como marceneiro.

E acreditem ou não, os jovens já receberam propostas para filiações partidárias em Cianorte, porém a intenção deles, inicialmente, não é entrar na vida política tão logo. Minha pretensão é seguir carreira universitária, porém já recebi algumas propostas e é algo de ser pensar. Acredito que estando nesse meio político, você passa a ter voz e a levar isso para outras pessoas também. Mas é algo para o futuro, disse Bruno. Rafael também disse não descartar a possibilidade. Eu já me perguntei sobre isso algumas vezes. Penso na possibilidade sim, tenho muita ânsia em combater a maldade e a injustiça e vejo a política como um caminho para isso. Mas antes preciso estudar mais, adquirir mais conhecimento sobre muitas coisas. Tenho certeza que muitos brasileiros já pensaram no que fariam se estivessem na política, e eu também. Penso em ajudar muitas pessoas e a pessoa que eu mais confio para isso, sou eu mesmo, avaliou Rafael.

Para finalizar a entrevista, os meninos deixaram um recado para a população: Se quem é justo não se preocupar com a política, os injustos vão se preocupar, vão tomar a frente e vão dominar, que é o que a gente vê por aí, por isso precisamos não apenas pedir mudança, mas sim fazer parte dela

 

Arquivo Pessoal
LBruno (à esquerda) e Rafael com a bandeira de Cianorte em Brasília

 

Movimento Brasil Livre

Eles são integrantes do Movimento Brasil Livre, uma entidade apartidária que visa mobilizar cidadãos em favor de uma sociedade mais livre, justa e próspera. O Bruno foi o primeiro a aderir ao Movimento, e agora já conta com mais participantes. Precisamos fazer os jovens a participarem cada vez mais da política brasileira. Acredito que o melhor caminho para a mudança está na reeducação da sociedade. As pessoas precisam ser reeducadas para rever esse conceito de política que hoje é praticado no Brasil, que muitas vezes tem como base a troca de favores e o benefício próprio’, explicou o estudante.

Quem quiser conhecer mais sobre o Movimento Brasil Livre – Cianorte pode procurar a funpage no Facebook. Estamos abertos a novas adesões ao Movimento. Só com uma mobilização geral e uma união massiva vamos ter forças para mudar o que não concordamos.