Casos de dengue aumentam quase 10% em uma semana no Paraná

O novo Boletim da Dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa), na última quarta-feira (10), mostrou que o número de casos confirmados da doença passou de 340 para 371, desde o dia 2. Das 31 novas confirmações, 14 foram em Maringá e 12 em Foz do Iguaçu. Os dois municípios somam 83% dos novos casos de dengue no estado.

De acordo com a secretaria, as cidades com maior número de casos confirmados desde agosto de 2017 – início do novo período epidemiológico – são Maringá (141), Foz do Iguaçu (43) e Cambé (19). Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.524), Maringá (1.261) e Foz do Iguaçu (971).

Na região de Cianorte ainda não há casos confirmados de dengue, zika e chikungunya, segundo o relatório. Na 13ª Regional de Saúde de Cianorte – que abrange 11 cidades – as suspeitas de dengue subiram de 92 para 101 na semana considerada.

Mesmo sem indícios de circulação do vírus, a Secretaria de Saúde está intensificando os trabalhos dos agentes de endemias depois do volume de chuvas que atingiu a cidade no final de 2017 e começo deste ano.

De acordo com a supervisora do Programa de Combate à Dengue, Vera Fusisawa, os agentes estão encontrando muitos focos do mosquito pela cidade, a maioria nos locais mais óbvios, como pratos de vasos de plantas e bacias. Por isso, os moradores devem ficar atentos e não se esquecer de fazer a limpeza semanal de sua residência para eliminar água parada.

A preocupação com as chuvas é que o mosquito se reproduza e aumente ainda mais a população de insetos transmissores de dengue, zika e chikungunya na nossa região, que já é infestada pelo Aedes aegypti. 

PREOCUPAÇÃO NACIONAL

O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 3.946 cidades brasileiras apontou que 357 delas estão em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Isso significa que mais de 9% das cidades que fizeram o levantamento tinham altos índices de larvas do mosquito. Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde em dezembro. O próximo LIRAa deve ser divulgado na semana que vem.