PROCESSO CONTRA O PODER CONSTITUÍDO
POBRE DA SILVA, nascido em terras brasileiras, amante do Brasil, portanto Patriota, casado com SOFREDORA DA SILVA, com profissão, mas sem emprego garantido, e quando está empregado é feliz, relativamente, porque tem um salário mínimo, com quatro filhos, todos menores de dez anos, nenhum frequentando escola, morando em casa alugada, distante do centro da cidade, dependente de ônibus, porque não tem carro e nem dinheiro para colocar combustível, de cor branca, mas, pardo por ter que enfrentar o sol nos momentos de penúria, quando é cortador de cana, religioso, mas nem tanto, porque há momentos que acha que está desprotegido de Deus, com tornozeleira eletrônica, não porque tivesse cometido crime algum, mas por estar na Praça da Miséria Brasileira, num local distante, na qual chegou de carona, no momento em gritava a todos as suas misérias pessoais, em solidariedade com os demais companheiros na mesma situação, vem mui respeitosamente,
IMPLORAR para aqueles que comandam o território onde nasceu, para que a Praça da Miséria Brasileira volte a ser como antes, um lugar turístico, aconchegante, plano e onde a brisa da manhã soprava suavemente todos os dias, onde quem chegava ali admirava as obras ali construídas e onde imperava a justiça entre os homens, considerando que:
1. O homem nasceu livre, mas não tão livre, porque necessita de limites, para não ultrapassar o direito do outro, mas livre para dizer o que pensa, o que sente, para viver do jeito que lhe apraz, desde que não entre em desarmonia com o direito do outro.
2. Se o homem nasceu livre e expressou suas verdades respeitando o direito do outro, não pode o mesmo homem ser manobrado por leis espúrias, fora da Constituição, atemporais, com a finalidade de calar a sua voz, uma vez que o poder constituído corteja a manipulação, centralizado num único grupo, que adora o poder e também suas manobras, e também seus lucros notáveis, originados do pagamento de impostos dos demais que querem calar.
3. Se o homem é livre, ele pode praticar qualquer religião, desde que seu espírito esteja elevado para Deus, porque os manipuladores cruéis, não reconhecem a religiosidade do seu povo e o objetivo de acabar com a religiosidade do povo é justamente, para não ter oposição. Quem tem oposição teme a divisão do poder…
4. Se o homem nasceu livre, e vive “na pátria livre”, como diz o Hino Nacional, ele tem todo o direito de levantar a sua bandeira verde-amarela onde estiver, e sem dizer qualquer palavra, ele é absolutamente, livre para rejeitar qualquer outra cor para a bandeira que o representa.
5. Enfim, POBRE DA SILVA que não desfruta de um padrão de vida sustentado pelos cofres deste império, com bolsas, camas e sofás caríssimos, viagens longas com comitivas enormes, mais de duzentas pessoas, às vezes, ou jantares de noventa mil euros, REQUER, a quem de direito, partidos políticos, cargos comissionados, cargos que custam ao povo mais de quarenta mil reais por mês, por compartilhar deste nebuloso momento político, enfim, a quem deter o comando que provoque mudanças que venham de fato, restabelecer a ordem tradicional das famílias, que sempre tiveram escolas, religião, diversão de forma justa, e deixar que a vaidade pessoal de cada um que comanda não venha prejudicar o direito tradicional do Pobre da Silva.
É o que se requer.
Dá-se a causa o valor de 90 mil euros, o mesmo valor do frugal
jantar realizado em Portugal.
Cianorte, abril de 2.023
POBRE DA SILVA