ESG: a educação financeira como impacto social e evolução
Ricardo Maila Hiraki
A educação tem enorme reconhecimento como fator de mudança e ponto de convergência do crescimento de muitas nações, e este não é mais um artigo sobre isso. Aqui a ideia é falarmos sobre a educação financeira e o seu impacto social e qual o tamanho da sua importância para levar o Brasil a ser um país desenvolvido.
Ou seja, como um indivíduo deve ter a capacidade de administrar suas finanças. Sendo assim, realizar o planejamento e organização, conhecer seus limites, estabelecer metas e disciplina para cumprir e, o mais importante, ter o conhecimento para tomada de decisões.
Com isso, é notório um avanço gradual para a família e é passada às gerações patrimônio e a cultura de boa gestão. Mas o que seria possível se isso acontecesse de forma generalizada na sociedade?
Crescimento econômico
Um dos principais motores de crescimento em nações desenvolvidas têm relação direta com a capacidade da sua população de salvar recursos e investir.
Isso é repassado de volta à sociedade em forma de crédito, disponibilizando mais recursos com melhores taxas, uma vez que teríamos melhores pagadores, gerando um ciclo veloz de dinheiro para percorrer a economia.
Redução da desigualdade social
Altas taxas de juros e baixo crescimento afeta especialmente os mais pobres de uma nação. Assim, as pessoas com maior conhecimento de finanças poderiam ter acesso a taxas de juros mais baratos. Além de não se perder em suas dívidas e produzir crescimento da renda de patrimônio.
Melhores investimentos do governo
Com o crescimento econômico, controle de inflação e uma população que depende menos do orçamento do governo, permite que os gestores públicos redirecionem os recursos para áreas mais importantes.
Assim, seria possível em médio prazo (5 anos) mais que triplicar os investimentos em saúde, infraestrutura e educação se pagássemos metade dos juros da dívida pública.
Saúde emocional
Diversas pesquisas científicas relacionam a saúde financeira com a saúde emocional das pessoas. E ainda outras pesquisas mostram o grau de ansiedade do brasileiro em níveis mais elevados.
Em reflexões sobre o assunto observamos que esses acima e outros pontos se conectam quando pensamos nos benefícios à sociedade, e seria mais uma pauta para a ser amplamente debatido pelos participantes.
Ricardo Hiraki é CEO e co-founder da Plano Fintech, também sócio da agência de marketing digital Oca11. É administrador e pós-graduado pela FGV e Mackenzie e foi Head de Gestão Financeira por quase dez anos no mundo corporativo. Tem como objetivo levar saúde financeira ao máximo de brasileiros através da startup e visitar mais de 150 países.